Teerã, 15 ago (Xinhua) -- O Majlis iraniano (parlamento) aprovou esmagadoramente os aspectos gerais de uma proposta para combater as pressões dos EUA e seus atos "terroristas e aventureiros" na região.
Um resumo da proposta foi aprovado com 240 votos a favor e uma abstenção durante uma sessão parlamentar aberta no domingo de manhã.
O Majlis confirmou o projeto que havia sido preparado pela Comissão Nacional de Segurança e Política Externa do Majlis em julho.
De acordo com o projeto de lei, os ministérios iranianos de Relações Exteriores, de Defesa e de Inteligência, bem como o Corpo de Guarda da Revolução Islâmica (IRGC), as Forças de Qoss do IRGC e o Exército iraniano devem trabalhar em coordenação com o Supremo Conselho Nacional de Segurança (SNSC) para preparar relatórios sobre as medidas abrangentes que eles tomarão contra as ameaças dos EUA e suas políticas "hegemônicas, terroristas e divisórias" em toda a região, informou a agência de notícias Tasnim.
Além disso, o projeto de lei propõe planos para combater as sanções econômicas dos EUA, exigindo uma maior interação comercial com os países que trabalham com o Irã.
A proposta legislativa do Irã segue a assinatura do presidente dos EUA, Donald Trump, de uma lei de sanções contra a Rússia, o Irã e a RPDC no dia 2 de agosto.
As sanções contra o Irã são principalmente em resposta ao crescente programa de mísseis de Teerã.
Funcionários iranianos disseram repetidamente que o programa de mísseis do Irã é para fins dissuasivos.
A proposta, uma vez que se transformar em lei, concederá o mesmo montante às Forças de Quds do IRGC.
A Força Quds, também conhecida como Qods, é uma unidade especial do IRGC do Irã responsável pelas missões "extraterritoriais" do IRGC.
As autoridades dos EUA devem saber que a proposta do parlamento iraniano é o primeiro passo para combater as audácias dos EUA na região, disse o presidente do Majlis, Ali Larijani, na reunião do parlamento no domingo.
Se os Estados Unidos estabelecerem mais sanções ao Irã, o governo iraniano é obrigado a tomar outras medidas necessárias para contrariar Washington, disse Larijani.
Araqchi, também negociador nuclear iraniano, disse que o Ministério das Relações Exteriores e o governo são partidários do projeto de lei.
Ele disse que o projeto de lei é o resultado de uma série de ações propostas pelo comitê iraniano que monitora a implementação do acordo nuclear e é muito mais forte do que a lei de sanções dos EUA contra a República Islâmica.
O parlamento se reunirá novamente na próxima semana para discutir os detalhes da proposta e votar o projeto de lei.
