Brasília, 24 ago (Xinhua) -- O governo brasileiro anunciou na quarta-feira um novo pacote de privatizações e concessões de infraestrutura, correspondentes à segunda fase do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que inclui a venda da Casa da Moeda e a entrega de portos, aeroportos e estradas à gestão privada.

Segundo o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, 57 empresas e projetos estarão sendo disponibilizados nesta segunda fase, depois da primeira rodada, anunciada em setembro do ano passado e que incluiu 34 projetos.

Ao anunciar o programa, Moreira Franco afirmou que "o objetivo é gerar emprego e renda".

A lista divulgada na quarta-feira também envolve a privatização da Eletrobras, a maior companhia de geração de eletricidade da América Latina, anunciada na segunda-feira.

Segundo informou o ministério das Minas e Energia, a Eletrobras será "desestatizada" através da venda de uma parte das ações pertencentes ao Estado.

O programa destaca a privatização da Casa da Moeda.

Segundo o governo, a lista dos novos projetos deve gerar investimentos de R$ 44 bilhões ao longo do prazo dos contratos.

A expectativa é realizar a licitação de duas seções rodoviárias, a concessão de 15 terminais portuários e a licitação de 14 aeroportos no segundo semestre de 2018.

O PPI inclui a concessão dos aeroportos de Congonhas e Macaé, além da privatização de 12 aeroportos regionais.

A declaração também confirma a intenção do governo de vender a participação da estatal Infraero nos aeroportos de Guarulhos, Cofins, Brasília e Galeão, os maiores do país.

Segundo o governo, o ministério das Minas e Energia também realizará a licitação de 11 lotes de instalações de transmissão de energia, incluindo linhas e subestações.

Os projetos de privatização e concessões visam cumprir, através de novos ingressos, as metas do deficit primário do setor público para 2017 e 2018, em risco devido à baixa atividade econômica.