Canadá poderá se tornar primeiro país ocidental a assinalar Massacre de Nanjing

Fonte: Diário do Povo Online    25.08.2017 15h24

A legisladora Soo Wong. (Foto/Xinhua)

TORONTO, 25 de ago (Diário do Povo Online) – A província canadense de Ontário, onde está concentrada a maior comunidade chinesa no Canadá, deverá ser o primeiro governo ocidental a declarar um dia nacional comemorativo do Massacre de Nanjing.

O projeto de lei, que designa o dia 13 de dezembro para lembrar a ocorrência histórica, foi proposto pela legisladora canadense de descendência chinesa, Soo Wong. Wong escreveu no seu Projeto de Lei Nº79 que o Dia Comemorativo do Massacre de Nanjing, no Ontário, oferecerá uma oportunidade a todos os habitantes da província, sobretudo à comunidade asiática, para reunir, lembrar e honrar as vítimas e as famílias afetadas pelo Massacre de Nanjing, uma atrocidade em que mais de 300 mil civis e soldados chineses foram mortos indiscriminadamente por soldados japoneses após a queda da capital chinesa de então.

“Como uma das províncias mais diversificadas no Canadá, o Ontário é reconhecidamente uma sociedade inclusiva. É também o lar de uma das maiores comunidades asiáticas do Canadá. Autalmente, alguns habitantes do Ontário têm relações diretas com vítimas e sobreviventes do Massacre de Nanjing,” acrescentou Wong.

O projeto de lei foi aprovado na segunda audiência no final de 2016 e passará por uma terceira audiência em setembro. No caso de uma nova aprovação se verificar, o dia 13 de dezembro se tornará o dia oficial comemorativo na província. A partir de maio, mais de 100 mil assinaturas de apoio foram apuradas.

A possível designação do dia comemorativo do Massacre do Nanjing recebeu a oposição do partido no poder do Japão, o Partido Liberal Democrata, que lançou uma campanha contra o projeto.

O Ministério das Relações Exteriores da China manifestou na última segunda-feira o apoio à proposta da legislatura provincial do Ontário.

“Este ano marca o 80º aniversário do Massacre de Nanjing. O Massacre de Nanjing é um crime grave cometido pelo militarismo japonês durante a Segunda Guerra Mundial e é um episódio doloroso que não pode ser apagado. Somente tirando da história lições e considerando a história um espelho, podemos evitar que se repitam as tragédias da guerra e defender verdadeiramente a paz para o futuro,” disse a porta-voz do ministério, Hua Chunying.

(Web editor: Chen Ying, Renato Lu)

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