Os responsáveis pelo projeto orçamentaram 400 milhões de yuan (61 milhões de dólares) para tornar uma região de rochas vermelhas em uma base de pesquisa científica e local de ecoturismo, simulando as condições do planeta vermelho.
Liu Xiaoqun, do departamento de exploração da lua e do espaço, da Academia de Ciências da China, disse na terça-feira que um encontro teve lugar na província de Qinghai para determinar o desenvolvimento da base de simulação de Marte.
“Tendo em conta que será a única base de recreação científica de Marte, esperamos que ela se foque no tema científico da exploração espacial”, referiu.
A área rochosa vermelha na bacia de Quadam, no ocidente de Qinghai, foi chamada de “local mais Marciano à face da terra”, com condições naturais, paisagem e clima todos semelhantes aos do planeta vermelho.
O governo de Haixi e a Academia Chinesa de Ciências(ACC) assinaram um acordo em novembro do ano passado para avalizar a construção da base. Desde então, teve início a discussão para a localização do projeto.
Alguns cientistas da ACC participaram na idealização da base de simulação em Haixi.
Liu referiu que a infraestrutura deverá consistir em uma “comunidade de Marte” e um “acampamento de Marte”. O acampamento terá algumas infraestruturas experimentais modulares de acomodação. Será construído como uma base de paragem única para aprendizagem experimental em temas como aeroespaço, astronomia, geografia e nova energia.
A China deu início a um projeto de construção de uma sonda, tendo agendado o seu envio a Marte em 2020.
“A construção de uma base de simulação marciana tem propósitos científicos e significância ecológica. Ela poderá garantir a consciencialização pública para a exploração espacial, trazendo simultaneamente benefícios econômicos a Haixi”, disse Zhang Biao, vice-prefeito da cidade Delingha, em Haixi.