Pessoas vasculham nos escombros em Punta Alegre, costa norte de Ciego de Avila, após a passagem do furacão Irma, a 11 de setembro de 2017.
HAVANA, 12 de set (Diário do Povo Online) – O presidente cubano, Raul Castro, apelou ontem aos cubanos que mantenham a união para uma rápida reconstrução do país, após a devastadora passagem do Furacão Irma pela ilha, que deixou 10 mortos.
A tempestade chegou a Cuba na sexta-feira, com ventos a mais de 253km/h, arrastando-se pela costa por 322 quilômetros, destruindo resorts turísticos e regiões intocadas da ilha, antes de se dirigir para a Flórida.
Em Havana, as pessoas começaram ontem a remover os detritos das ruas e a limpar as casas afetadas pelas inundações generalizadas. O furacão — a primeira tempestade da categoria 5 a atingir Cuba desde 1932 — arrancou telhados, derrubou árvores e postes de eletricidade, deixando milhões de pessoas sem luz e água.
A mídia estatal disse na segunda-feira que o furacão danificou gravemente a indústria do açúcar, já em degradação, inundando e aplanando uma extensa área de plantação de cana-de-açúcar.
"Dada a imensidão do seu tamanho, praticamente nenhuma região escapou ao impacto", afirmou Castro em um comunicado, instando os cubanos a manterem a união para a reconstrução do país.
"A tarefa que temos diante de nós é imensa, mas, para gente como a nossa, venceremos a batalha mais importante: a recuperação".
Castro, de 86 anos, que se vai afastar do cargo no início do próximo ano, disse que as autoridades ainda não conseguiram avaliar a total extensão dos estragos, mas o furacão deixou o rasto de destruição em casas, rede elétrica, e nas plantações agrícolas.
As mortes registradas em Cuba aumentaram o número de vítimas do furacão Irma para 39.