WASHINGTON, 18 de set (Diário do Povo Online) – O embaixador chinês nos EUA pediu que os Estados Unidos façam mais para resolver a crise nuclear na Península Coreana e enfatizou que a resolução das Nações Unidas sobre Pyongyang também apela ao diálogo.
Algumas horas após o lançamento de um novo míssil pela República Popular Democrática da Coreia (RPDC) sobre o Japão, rumo ao Oceano Pacífico, na sexta-feira, o embaixador chinês nos EUA, Cui Tiankai, disse que Washington “deveria fazer muito mais” para garantir uma cooperação internacional real e eficaz na questão da Península Coreana.
“Todos as partes têm que cumprir as suas tarefas. Não podem deixar este assunto para a China apenas”, afirmou Cui em uma receção na noite de sexta-feira, em Washington.
Segundo Cui, os EUA devem parar de emitir mais ameaças. Em vez disso, o país deve fazer mais para encontrar formas eficazes de retomar o diálogo e as negociações, disse Cui.
Quanto a cortes de petróleo, o embaixador disse aos repórteres que “estamos totalmente preparados para implementar todas as resoluções do Conselho de Segurança – nem demais, nem de menos”.
Cui, no entanto, disse sem rodeios que a China nunca reconhecerá a RPDC como um estado nuclear e que o país se opõe à existência de armas nucleares em toda a península e em outros lugares no mundo, incluindo o Japão ou Taiwan.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou unanimemente a resolução 2375 no dia 11 de setembro em resposta ao 6º teste nuclear da RPDC realizado no dia 3 de setembro.
“Precisamos ser claros quanto à última resolução da ONU, que não só sanciona as atividades nucleares da RPDC, como também apela à retomada do diálogo e à resolução da questão através de consultas”, disse Cui. “A resolução tem que ser implementada de forma integral”, acrescentou o embaixador.