Caças chineses controlarão drones em situações de batalha em 5 anos

Fonte: Diário do Povo Online    20.09.2017 13h58

J-20

Os caças chineses serão capaz de controlar remotamente drones por satélite dentro de 5 anos, segundo afirmam especialistas chineses.

A quinta geração de caças invisíveis J-20 e J-31 serão capazes de mobilizar drones para cenários de batalha, servindo de plataformas de controlo, explica Xu Yongling, um piloto de testes do ELP e especialista da Sociedade Chinesa de Aeronáutica e Astronáutica, durante um seminário de defesa recente, segundo o jornal Cankaoxiaoxi.

Xu explicou ao Global Times na terça-feira que a “China poderá atingir a tecnologia em 5 anos. Os jatos chineses terão a habilidade para controlar drones em tempo real em batalhas no oceano Índico, no Pacífico oeste e no Mar do Sul da China”.

Caças pilotados poderão facilmente estabelecer controlo remoto com uma pequena frota de drones com inteligência artificial. Os satélites são, todavia, necessários para os caças terem a flexibilidade de controlar os aparelhos e alterar a sua missão de acordo com diferentes circunstâncias, referiu Xu.

Os caças J-20 e J-31 poderão controlar até 6 drones de grande envergadura armados com mísseis ou uma esquadra composta de drones mais pequenos, no caso destes aparelhos estarem equipados com inteligência artificial, disse Fu Qianshao, outro especialista em defesa aérea.

Seria melhor que os jatos de piloto único fossem equipados com um copiloto computadorizado para processar a informação proveniente dos sensores artificiais, disse Fu ao jornal Global Times.

A tecnologia de inteligência artificial deverá primeiro ser usada em aeronaves de 2 pilotos, como os caças de terceira geração J-10 e J-16.

Um piloto processaria os dados transmitidos pelos drones, enquanto o outro focar-se-ia na missão tripulada, explicou Fu.

Contudo, Xu admitiu que a tecnologia constitui um problema. “Não é conhecido se os caças podem ou não reconfigurar as missões dos drones a tempo com comandos emitidos via teclado. Os drones atuais são todos programados, o que significa que as suas missões não podem ser alteradas no ar”.

Gregory Zacharias, cientista-chefe da Força Aérea norte-americana foi citado pela revista National Interest em julho, dizendo que os modelos F-35 e F-22, entre outros caças irão fazer uso da inteligência artificial para controlar drones nas redondezas, mesmo em áreas de risco elevado.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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