BEIJING, 25 de set (Diário do Povo Online) -- Com uma população de 21,7 milhões, Beijing provavelmente assistirá a um ponto de viragem nos números da população residente em 2017, com uma possível queda causada pelas transformações a serem levadas a cabo na cidade, afirma um relatório.
O Livro Azul dos Trabalhos Sociais em Beijing, resultante da colaboração entre a Universidade de Tecnologia de Beijing, o Comitê Municipal de Trabalhos Sociais e a Imprensa da Academia de Ciências Sociais, revela que a população era de 21.7 milhões em 2016, com um crescimento anual de 2.4%.
Entre elas, 13,6 milhões pessoas eram portadoras do Beijing “hukou” (ou registro de residência), um aumento de 177 mil em relação a 2015, enquanto os restantes seriam residentes permanentes migrantes de outras áreas.
Uma mudança notável foi a acentuada queda no número de residentes permanentes sem hukou. Na China, o hukou está muitas vezes intimamente relacionado com o acesso do indivíduo ou da família aos serviços públicos, como educação e saúde.
O crescimento da população permanente de Beijing tem vindo a abrandar desde 2010, com quedas significativas em 2015 e 2016. No ano passado, apenas 24 mil pessoas receberam a autorização de residência permanente.
Beijing poderá ter um crescimento negativo na sua população este ano, a primeira vez em 20 anos, informa o estudo. Desde que a abertura e a reforma começaram em 1978, a cidade registrou apenas uma diminuição da população, em 1997.
O relatório aponta que os esforços intensivos que têm sido feitos no sentido de relocalizar para as “funções não capitais” fora da cidade contribuíram para as alterações demográficas. A capital almeja resolver os “males” como o congestionamento do trânsito e a poluição atmosférica recorrendo ao controlo da população e transferindo instalações para regiões vizinhas.
Uma pesquisa mostrou que 73,6% dos entrevistados estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a governança social da cidade, um aumento de 6,8 pontos percentuais desde 2012.