O presidente Xi Jinping discursa na cerimônia de abertura da 86ª Assembleia Geral da Interpol, no Centro Nacional de Convenções de Beijing, a 26 de setembro de 2017.
A China espera colaborar mais estreitamente com vários países e organizações internacionais visando fortalecer a segurança global, afirmou o presidente chinês, Xi Jinping, durante a cerimônia de abertura da 86ª Assembleia Geral da Interpol, realizada ontem, em Beijing.
O presidente chinês abordou o importante papel da Interpol na aplicação da lei a nível mundial, cooperação em termos de segurança e na luta contra o crime.
Desde que se tornou um membro da Interpol em 1984, a China se comprometeu a desenvolver a cooperação com a organização e outros Estados membros, contribuindo para a manutenção da segurança e a estabilidade mundiais, relembrou Xi.
A fim de reforçar a aplicação da lei a nível global e a cooperação em matéria de segurança, Xi propôs aprimorar as reformas e inovações, em concordância com o estado de direito e visando o benefício mútuo.
"Os países devem adotar um conceito de segurança comum, abrangente, cooperativo e sustentável e responder conjuntamente aos desafios de segurança", reiterou.
Xi apelou à promoção de uma governança da segurança global mais justa, razoável e eficaz.
"Os países e as organizações intergovernamentais devem assumir as principais responsabilidades da governança da segurança, enquanto as organizações não-governamentais, as multinacionais e a sociedade civil devem ser encorajadas a trabalhar conjuntamente nesse sentido", afirmou.
Xi reforçou ainda que, os países que aderiram aos regulamentos da Carta das Nações Unidas e da Interpol, devem seguir as convenções contra os crimes transnacionais e a corrupção, assim como melhorar as regulamentações internacionais relevantes.
"Os países, enquanto lidam com as questões da sua própria segurança, devem ter em consideração a segurança dos outros países", disse Xi, apelando aos principais países que ofereçam mais apoio, de segurança e desenvolvimento, aos países e regiões subdesenvolvidos.
"Conferir às pessoas um ambiente de vida são e seguro é o nosso objetivo mais importante", reiterou Xi, acrescentando que a China tem feito progressos notáveis no combate às várias formas de criminalidade e na construção de sistemas de prevenção e controlo.
"Cada vez mais pessoas acreditam que a China é um dos países mais seguros do mundo, uma importante contribuição que a China tem feito para o mundo", afirmou. "A China tem participado ativamente e cooperado em termos de aplicação da lei e da governança de segurança global, apoiando resolutamente a luta internacional contra o terrorismo, se juntando à programa global de combate aos crimes cibernéticos, trabalhando com outros países no repatriamento de fugitivos, e lutando contra a fraude em telecomunicações, entre outros crimes".
O presidente chinês prometeu um maior apoio à Interpol nos próximos cinco anos, de modo a aumentar a sua influência e liderança global.
Meng Hongwei, presidente da Interpol e vice-ministro da segurança pública na China, presidiu a cerimônia de abertura.
Participantes de 158 países e regiões reuniram-se em Beijing para a conferência, iniciada ontem e com final agendado para sexta-feira.
Com 190 membros, atualmente sediada em Lyon, França, a Interpol é a segunda maior organização internacional do mundo, seguindo as Nações Unidas.
