Um estudo do Centro para a China e Globalização (CCG) descobriu que mais de 60% dos estudantes universitários mostram interesse em criar startups, com preferência em cidades de segundo escalão.

O CCG entrevistou 2.797 alunos de 100 universidades nacionais para compreender sua disposição para o empreendedorismo.

Li Qing, pesquisador principal da CCG, afirmou que os estudantes que se especializam em engenharia, gestão ou economia tendem a ser mais ativos na inovação e nas startups.

Mais de 42% dos inquiridos pensam que terão melhores chances de desenvolvimento ao se envolverem em startups na universidade, enquanto 28,32% consideraram-no como uma forma de auto-atualização. A terceira razão apontada foi o lucro financeiro.

Li disse também que mais de 80% tem conhecimento dos esforços governamentais que impulsionaram a transformação econômica nos "dois motores" — empreendedorismo popular e da inovação em massa.

Os alunos aprendem sobre como iniciar negócios e se tornar inovadores através de atividades organizadas pelas universidades (22,58%) ou organizações estudantis (17,15%).

Quase 98% dos jovens participantes acham ser necessária criação de novos cursos universitários relacionados com empreendedorismo e inovação.

As cidades de primeiro escalão já não são a primeira escolha dos alunos, devido ao aumento do custo de vida e operação comercial, bem como ao congestionamento do tráfego. Por outro lado, as cidades de segundo escalão lideram a preferência para estabelecimento de startups, como resultado do rápido crescimento e melhoria da infraestrutura, explica Li.

Enquanto 49,6% dos entrevistados prefere cidades de segundo escalão, 32,5% continuam a escolher cidades como Beijing, Shanghai, Guangzhou e Shenzhen.

Li exortou as universidades a desempenharem um papel mais ativo, ajudando os alunos na criação de startups. Outros especialistas pediram também às autoridades que sejam oferecidas mais medidas de apoio ou sejam iniciados cursos que preparem os alunos para criar as suas próprias empresas.