Beijing, 10 out (Xinhua) -- A China continuará com a reforma dos hospitais públicos para otimizar os recursos médicos de saúde pública, de acordo com uma decisão tomada na segunda-feira em uma reunião executiva do Conselho de Estado presidida pelo primeiro-ministro chinês Li Keqiang.
A reforma dos preços médicos nos hospitais públicos continuará buscando um ajuste dinâmico para que a experiência e os esforços das equipes médicas sejam melhor reflitidos nos valores.
Uma ou duas cidades nas regiões provinciais onde a reforma médica integral se aplica de maneira piloto serão escolhidas para a reforma no pagamento de seguro de saúde, que abrange todas as instituições e serviços de saúde. O governo também designará mais de 100 categorias de doenças para uma reforma no pagamento do seguro segundo categorias.
"A reforma na saúde não é apenas um importante projeto para melhorar o bem-estar público, mas também uma importante medida econômica", comentou Li.
O primeiro-ministro indicou que a reforma dos hospitais públicos deve ser impulsionada integralmente e que a reforma das associações de saúde deve ser feita de múltiplas formas para servir melhor uma "China Saudável" com serviços melhores e mais adequados.
A reforma da saúde deve ser aderida ao princípio de garantir o cuidado básico à saúde, desenvolver os mecanismos de trabalho e fortalecer os serviços de saúde comunitários, acrescentou.
A China começou sua última rodada de reforma da saúde em 2009, que tem como objetivo essencial oferecer serviços médicos a todas as pessoas como um bem público.
Até setembro, todos os hospitais públicos na China participaram do programa da reforma integral, dando fim a 60 anos de altos preços dos remédios, o que permite a racionalização dos custos da saúde.
À medida que a reforma avança, a proporção da venda de remédios nos rendimentos totais de hospitais caiu de 46,3% em 2010 para 38,1% em 2016.
Os hospitais públicos, que chegavam a 12.708 no final de 2016, proporcionaram 2,85 bilhões de diagnósticos e tratamentos no ano passado, representando 87,2% dos casos atendidos por todos os hospitais na China, assinala a Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar.
A reforma sobre o projeto de administração de medicamentos também se aprofundará, enquanto os hospitais públicos serão incentivados a praticar a aquisição farmacêutica com base em categorias. Os hospitais de diferentes regiões e de diferentes especializações serão alentados a fazer aquisições em conjunto.
O mecanismo de supervisão de hospitais públicos será reformada para monitorar melhor a qualidade e segurança dos médicos e dos gastos de saúde. A quantidade de leitos, os padrões de construção e a aquisição de equipamentos médicos serão submetidas a um maior escrutínio.
"A reforma no setor médico ainda é uma reforma em curso, e esses são progressos que ainda têm que ser consolidados. O governo deve oferecer o apoio financeiro adequado. A reforma sobre o mecanismo de remuneração dos trabalhadores da saúde deve obter um apoio mais firme para lhes oferecer maiores incentivos", disse Li.
A reunião de segunda-feira decidiu acelerar os esforços para estabelecer parcerias de tratamento médico que promovem a cooperação e a coordenação efetivas entre distintos tipos de instituições médicas, incluindo os principais hospitais e as clínicas comunitárias.
Os principais hospitais públicos devem participar do desenvolvimento dessas parcerias antes do final de outubro. O mecanismo de operação das aquisições médicas será melhorado para garantir uma coordenação melhor em apoio técnico, contratação de pessoal, acerto de salários e intercâmbio de recursos entre os diferentes institutos médicos.
As instalações privadas de saúde e os centros de atenção aos idosos e de reabilitação também serão incentivados a unir-se às parcerias para oferecer serviços integrados para o público.
Serão feitos mais esforços para ampliar a disponibilidade dos médicos familiares e para permitir que os médicos ofereçam mais serviços com base na demanda e melhora dos mecanismos de arrecadação de cotas e pagamentos.
Os serviços médicos de base serão melhorados, e sera focado mais na melhora dos recursos humanos, tecnologia e departamentos-chave nos hospitais a nível distrital.
"As parcerias de tratamento médico devem ser desenvolvidas em paralelo com a reforma sistemática. A abertura em lugar da exclusão do capital privado é o caminho. Pode-se fazer muito para avançar a indústria de equipamentos médicos e farmacêuticos da China e também à medicina tradicional chinesa, incluindo os serviços médicos da Internet Plus, que podem ajudar a consolidar melhor nossos recursos", acrescentou Li.