O Paquistão confirmou na segunda-feira a morte de dois nacionais chineses, na província sudoeste de Balochistan, dias depois de terem sido raptados em Quetta, a capital provincial, em maio deste ano.
Foto dos dois professores chineses raptados no Paquistão.
“As leituras de DNA confirmaram que as duas pessoas mortas em Balochistan em junho de 2017 foram os mesmos dois nacionais chineses que tinham sido raptados em Quetta em maio de 2017”, comunicou a chancelaria paquistanesa em um comunicado.
O documento referia que o governo do Paquistão expressa o seu choque e profundo pesar perante o brutal ato de terrorismo, e expressa as suas condolências ao governo e povo chineses, bem como às famílias das vítimas.
“O governo do Paquistão irá continuar a levar a cabo uma investigação e irá deter os responsáveis por este crime, trazendo-os perante a justiça”, prosseguia o comunicado.
O documento condena também de forma veemente o terrorismo em todas as suas formas e manifestações.
Soldados paquistaneses guardam o local onde os dois chineses foram raptados, nas proximidades de Jinnah, na cidade de Quetta, a 24 de maio de 2017
“Estamos agradecidos para com o governo da China pelo seu forte apoio na nossa luta contra a ameaça do terrorismo”, adiantou a chancelaria, reforçando o compromisso de continuar a trabalhar com a China e com a comunidade internacional para incrementar a cooperação antiterrorista.
O casal de chineses encontrava-se no Paquistão a ensinar chinês, tendo sido raptado em maio por homens armados disfarçados, em Quetta.
Os raptores, disfarçados de polícias, inicialmente levavam 3 chineses, 2 mulheres e um homem, mas um civil ajudou uma das mulheres a fugir.
A parte paquistanesa providenciou à China informações em junho, nas quais declarara que os dois desaparecidos estariam “provavelmente mortos”.
A porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, abordando a matéria em junho, enfatizou que a China se opõe ao terrorismo em qualquer forma, e que a irá continuar a apoiar os esforços do Paquistão para combater o terrorismo e garantir a estabilidade nacional.