Beijing confiante sobre a visita de Trump

Fonte: Diário do Povo Online    01.11.2017 15h13

Cui Tiankai, embaixador da China nos Estados Unidos, expressa as suas expectativas relativamente à próxima visita do presidente dos EUA, Donald Trump, a Beijing, no dia 30 de outubro de 2017.

BEIJING, 1º de nov (Diário do Povo Online) - A primeira visita de Estado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à China, assinala um "momento histórico", logo após o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China.

O seu sucesso terá efeitos significativos no comércio, na questão da Península Coreana e em outras dimensões, segundo o embaixador da China em Washington, na segunda-feira.

Trump deverá chegar a Beijing no dia 8 de novembro para realizar aquilo a que o embaixador Cui Tiankai chamou de "visita de Estado-plus".

No programa estão incluídas conversações, a presença da guarda de honra militar, um banquete formal e algumas "disposições especiais", revelou o diplomata chinês.

A China retribuirá, assim, a hospitalidade que o presidente dos EUA e a sua família demonstraram durante a reunião de abril no resort Mar-a-Lago, em Palm Beach, Flórida.

Cui reforçou que o recente congresso veio reafirmar o compromisso da China de seguir o caminho do desenvolvimento pacífico, a estratégia de abertura nacional e os esforços para construir uma comunidade de destino comum para a humanidade.

Xi Jinping e Trump devem traçar o curso de desenvolvimento para aquele que é o relacionamento bilateral mais importante do mundo, reforçou.

O embaixador enfatizou que a situação da Península Coreana será uma prioridade no encontro entre os dois líderes.

"Espero que sejam firmados mais acordos entre os países, e que sejam delineadas orientações claras sobre como lidar com esse problema conjuntamente", disse Cui.

"Estamos a tomar medidas para implementar as sanções (do Conselho de Segurança das Nações Unidas), embora, obviamente, muitas delas sejam implementadas com um alto custo para a própria China, pois somos vizinhos da RPDC (República Popular Democrática da Coreia)".

A questão da Península Coreana não pode ser resolvida apenas pela própria China, vincou. É um assunto que exige um esforço conjunto de todas as partes interessadas.

Cui expressou igual confiança nas questões comerciais e econômicas, outra prioridade da visita de Trump à China. O embaixador disse que os dois lados gastaram já muito tempo e energia no âmbito comercial e que progressos estão sendo obtidos.

A ausência de reivindicação territorial por parte dos EUA no Mar do Sul da China foi também abordada, tendo Cui recomendado permitir que os países da região gerenciem as disputas de forma "amigável e efetiva".

A visita de Trump à China será a sua terceira paragem na Ásia, precedida pelo Japão e República da Coreia. De seguida, o presidente norte-americano rumará ao Vietnã e às Filipinas.  

(Web editor: Chen Ying, editor)

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