Beijing, 8 nov (Xinhua) -- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começará nesta quarta-feira uma visita de três dias à China, o que cria uma oportunidade significativa para intensificar a cooperação bilateral e também pode ajudar a construir um melhor futuro para o mundo.
Será a primeira viagem de Trump à China desde que assumiu a presidência e ocorre poucos dias depois do 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), quando o presidente Xi Jinping foi reeleito o secretário-geral do Comitê Central do PCCh.
O congresso nacional traçou um plano ambicioso para construir uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos até 2021, pretendendo melhorar a vida de todos os chineses, particularmente os que vivem sob a linha nacional de pobreza.
A China está passando a economia de uma fase de rápido crescimento para uma com desenvolvimento de alta qualidade, estabelecendo um padrão mais alto para a transformação econômica.
A administração de Trump tem que lidar com desafios como a revitalização da indústria manufatureira e a criação de empregos. Ele estabeleceu metas específicas, incluindo crescimento de 3%, melhora da infraestrutura e menor deficit comercial.
Para isso, as duas maiores economias do mundo não têm melhor escolha do que trabalhar mais estreitamente pelos interesses econômicos e comerciais altamente entrelaçados, pois são a maior parceira comercial uma da outra.
Em 2016, o comércio bilateral de bens totalizou US$ 578,6 bilhões, enquanto o investimento direto estrangeiro passou de US$ 60 bilhões.
Porém, os dois países precisam de um estável e pacífico ambiente nacional, regional e internacional para um desenvolvimento econômico contínuo. Beijing e Washington devem aprofundar a confiança e promover as cooperações em importantes assuntos regionais e internacionais.
Quanto ao problema nuclear da Península Coreana, uma solução diplomática é de interesse de todas as partes pertinentes, incluindo China e os Estados Unidos. Políticas hostis incontroladas, retóricas e ações militares minam a esperança de negociação.
Por isso, a China e os Estados Unidos, assim como outros países relacionados, devem trabalhar em conjunto e não se opor para, em primeiro lugar, pelo menos acalmar a situação.
A mudança climática e as atividades terroristas também são assuntos urgentes. Nessas duas áreas, Beijing e Washington também têm enorme potencial de cooperação.
Os mecanismos de cooperação também podem ser estabelecidas tanto entre os dois governos como entre os setores privados, academias e sociedade civis.
Nos últimos anos, Xi e Trump mantêm estreita comunicação por reuniões presenciais, telefone e troca de mensagem. Isso os ajudou a ter um melhor entendimento pessoal um do outro.
Os dois países também viram algum progresso real nos laços bilaterais por meio dos récem-estabelecidos quatro mecanismos de diálogo de alto nível sobre diplomacia, segurança, economia, sociedade, cultura, lei e cibersegurança.
A visita de Trump será uma oportunidade para que os dois líderes revisem os frutos nos laços bilaterais, troquem pontos de vista e projetem os próximos passos para aprofundar a cooperação.
Se a China e os Estados Unidos mantiverem o benefício mútuo de base igual, podem trabalhar juntos para ter mais avanços, não apenas para si mesmos mas também para a prosperidade do mundo.
