China expressa firme oposição à visita do presidente indiano à area fronteiriça em disputa

Fonte: Xinhua    21.11.2017 10h24

Beijing, 21 nov (Xinhua) -- A China declarou na segunda-feira sua firme oposição à visita do líder indiano a uma área em disputa na fronteira sino-indiana, pedindo que a Índia se abstenha de ações que compliquem as questões fronteiriças e trabalhe com o país para criar condições para conversações.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Lu Kang fez o comentário ao falar sobre a visita do presidente indiano Ram Nath Kovind à chamada região "Arunachal Pradesh" no domingo.

A posição da China sobre a questão da fronteira China-Índia é consistente e clara, disse Lu em uma entrevista coletiva.

"O governo chinês nunca reconheceu a chamada 'Arunachal Pradesh'", assinalou Lu.

Os dois países tem resolvido as questões fronteiriças via negociação com o fim de encontrar uma solução justa e razoável que possa ser aceita por ambos os lados, afirmou ele.

Destacando que os laços sino-indianos estão em uma etapa importante no seu desenvolvimento, Lu disse que a China espera que a Índia possa trabalhar conjuntamente para proteger o relacionamento integral, abster-se de ações que compliquem as questões fronteiriças e criar condições favoráveis a negociações e so desenvolvimento saudável das relações bilaterais.

A região "Arunachal Pradesh" foi estabelecida em grande parte nas três áreas do Tibet da China -- Monyul, Loyul e Baixo Tsayul -- que estão sob ocupação ilegal da Índia. Essas três áreas, localizadas entre a ilegal "Linha Mcmahon" e a tradicional fronteira entre a China e a Índia, sempre foram território chinês.

Em 1914, os colonialistas decidiram secretamente a ilegal "Linha McMahon", na tentativa de incorporar à Índia as três áreas pertencentes ao território chinês. Nenhum dos governos chineses sucessivos reconheceu essa demarcação.

Em fevereiro de 1987, as autoridades indianas declararam a fundação da chamada "Arunachal Pradesh".

A China e a Índia realizaram 19 rodadas de negociações sobre questões fronteiriças, com a última ocorrendo em abril de 2016.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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