O submarino argentino, que desapareceu na semana passada com 44 pessoas a bordo, relatou um mau funcionamento no sistema de bateria, tendo emitido um pedido ao comando militar para alterar o percurso, segundo declarações do capitão Gabriel Galeazzi à imprensa na segunda-feira.
O porta-voz da marinha na base naval de Mar de Plata afirmou que o submarino, ARA San Juan, havia transmitido o relatório antes da comunicação final e da perda de contato. Por esse motivo, esse problema não está sendo diretamente associado com o desaparecimento misterioso do submarino.
O relatório do mau funcionamento da bateria permitiu que as autoridades ordenassem que o submarino percorresse uma rota mais curta e direta para a base naval de Mar de Plata.
Outro porta-voz, Enrique Balbi, afirmou de Buenos Aires que "o mau funcionamento não pode ser associado ao desaparecimento. Isso foi notificado anteriormente. O submarino teve um problema em seus equipamentos de energia elétrica".
O presidente Maurício Macri visitou nesta segunda-feira a base naval de Mar del Plata para se encontrar com as famílias dos marinheiros desaparecidos. Ele também se encontrou com comandantes locais que o informaram sobre as informações mais recentes na missão internacional de busca e resgate do submarino.
Macri disse no Twitter na semana passada que "estamos empenhados em usar todos os recursos nacionais e internacionais necessários para encontrar o submarino ARA San Juan o mais rápido possível".
A busca contou com um contingente de aviões de exploração, embarcações de apoio e sonares subaquáticos, contando com a ajuda de equipes do Brasil, Chile, Uruguai, França, Reino Unido e EUA.
O ARA San Juan é um submarino TR-1700 fabricado na Alemanha e se juntou à Marinha Argentina em 1985.