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Premiê chinês propõe cinco iniciativas para desenvolver cooperação com países da ECO

Fonte: Xinhua    28.11.2017 11h00

Budapeste, 28 nov (Xinhua) -- O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, propôs na segunda-feira cinco iniciativas para desenvolver mais a cooperação 16+1, durante seu discurso pronunciado na 6ª reunião de chefes de governo da China e dos 16 países da Europa Central e Oriental (ECO) em Budapeste, Hungria.

Li disse que a chave para o rápido desenvolvimento da cooperação 16+1 é aplicar o princípio de equidade e consultas, benefício mútuo, abertura e inclusão, assim como inovação.

A cooperação 16+1 não é um instrumento geopolítico, mas uma incubadora da cooperação transregional pragmática, disse Li, acrescentou que a cooperação conduz ao desenvolvimento equilibrado das relações entre a China e a União Europeia (UE).

Li propôs cinco iniciativas para promover mais a cooperação entre a China e os países da ECO.

Primeiro, pediu que as duas partes expandam a escala econômica e comercial, e impulsionem a liberalização e facilitação do comércio e investimento.

A China quer importar mais produtos agrícolas de alta qualidade dos países da ECO para promover o desenvolvimento equilibrado do comércio bilateral, assim como satisfazer as demandas diversificadas do mercado interno da China, declarou Li.

Segundo, incentivou os países a acelerar os principais projetos sobre conectividade e impulsionar os laços por terra, mar, ar e internet.

A China espera que a China Railway Express inicie o desenvolvimento de mais linhas ferroviárias e haja mais voos diretos entre a China e a Europa, e gostaria de estabelecer um centro de logística na região da ECO, assinalou Li.

Terceiro, o primeiro-ministro sugeriu que as duas partes ponham à prova os modelos de cooperação como os parques industriais em áreas de capacidade de produção, energia, logística e agricultura

A China propõe implementar o plano de associação científica 16+1 e dá boas-vindas a todas as empresas da ECO para que participem da estratégia "Made in China 2025", um projeto para modernizar o setor manufatureiro do país, mencionou o primeiro-ministro chinês.

Quarto, Li pediu um forte apoio financeiro à cooperação 16+1. Além disso, anunciou o estabelecimento da Associação Interbancária China-ECO e a segunda etapa do Fundo de Cooperação em Investimento China-ECO, no discurso pronunciado no 7º Fórum Econômico e Comercial entre a China e os países da ECO realizado no mesmo dia.

Quinto, pediu que os países tenham mais intercâmbios culturais e entre povos, reforcem a cooperação em turismo e iniciem a cooperação entre jovens em áreas como medicina tradicional chinesa, esportes e proteção de mulheres e crianças.

Li propôs que 2018 seja o ano da cooperação local China-ECO.

Este ano marca o quinto aniversário do início do mecanismo cooperação 16+1. Li assinalou em seu discurso que a cooperação 16+1 cresceu nos últimos cinco anos, tornando-se um influente mecanismo transregional com resultados substanciais de projetos e cooperação.

O investimento da China nos países da ECO ultrapassou US$ 9 bilhões, ante os US$ 3 bilhões de 2012, enquanto os países da ECO investiram US$ 1,4 bilhão na China. Nos três primeiros trimestres deste ano, seu comércio superou US$ 49 bilhões, o que representou um aumento anual de 14,5%. As importações da China de produtos agrícolas dos países da ECO registraram um aumento anual de 13,7%.

Ao sublinhar que a cooperação 16+1 não significa simplesmente uma soma de 16 relações bilaterais, Li disse acreditar que com os esforços conjuntos dos 17 países, a cooperação 16+1 dará mais resultados e atingirá um novo nível.

Os líderes dos 16 países da ECO elogiaram as iniciativas de Li e disseram que os frutíferos resultados da cooperação nos últimos cinco anos são um testemunho da vontade de todos os países para fortalecer a cooperação e a crescente importância do mecanismo.

Também prometeram aproveitar ao máximo a plataforma para promover a cooperação 16+1, implementar os consensos sobre a cooperação, explorar novos potenciais, fortalecer a cooperação prática em áreas como conectividade, finanças, comércio eletrônico, agricultura, logística, pequenas e médias empresas, turismo e cultura, e impulsionar as relações com a China, assim como as relações entre a UE e a China, com o fim de conseguir resultados de benefício mútuo.

Depois da reunião, os líderes testemunharam a assinatura de uma série de documentos de cooperação sobre a Iniciativa do Cinturão e Rota, conectividade, cooperação em capacidade industrial, infraestrutura, finanças, inspeção de qualidade e cultura.

Em coletiva de imprensa junto com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, e o búlgaro Boyko Borisov, Li disse que a cooperação entre a China e os países da ECO sempre foi aberta e inclusiva, acrescentando que "isso é especialmente importante sob as circunstâncias atuais".

"Nossa cooperação não se dirige a um terceiro nem exclui um terceiro", explicou Li. "Damos boas-vindas à participação de outros países para tornar a globalização mais equilibrada e permitir que mais pessoas desfrutem dos dividendos do desenvolvimento".

Ao elogiar o rápido desenvolvimento econômico da China como uma oportunidade enorme para os países da ECO, Orban mencionou que a cooperação China-ECO é um êxito com um potencial enorme e perspectivas amplas.

A Bulgária organizará a próxima reunião de líderes 16+1 em 2018. Borisov disse na coletiva de imprensa que as iniciativas da UE e as da China, incluindo a Iniciativa do Cinturão e Rota, são complementares, não contraditórias.

O primeiro-ministro da Bulgária agradeceu a China não só por estar comprometida em abrir seus mercados domésticos, mas também por propor projetos que ajudem outros países a desenvolver-se.

Representantes da UE, Áustria, Suíça, Grécia, Belarus e do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD) participaram da reunião como observadores.

Li chegou a Budapeste no domingo para uma visita oficial à Hungria e para participar da 6ª reunião de chefes de governo da China e dos 16 países da ECO. O primeiro-ministro partirá para a Rússia para participar da 16ª reunião do Conselho de Chefes de Governo (Primeiros-Ministros) da Organização de Cooperação de Shanghai na cidade russa de Sochi de 30 de novembro a 1º de dezembro.

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