BEIJING, 29 de nov (Diário do Povo Online) - Especialistas de todo o mundo compartilharam as suas experiências de adaptação às novas tecnologias nas operações de museus em um fórum realizado no Museu do Palácio, também conhecido como Cidade Proibida, em Beijing.
Diretores de instituições de renome mundial, como o Museu do Louvre em Paris, Museu Nacional do Hermitage em São Petersburgo, Rússia, o Museu Nacional de Tóquio, assim como instalações domésticas como o Museu de Shanghai e o Museu de Nanjing, afirmaram ter participado no evento para aprender sobre medidas "mais inteligentes" para proteger as relíquias culturais.
"As novas tecnologias desempenham um papel crucial em vários aspetos nas operações dos museus de hoje, desde receção de visitantes, restauração e exibição de relíquias culturais até à pesquisa acadêmica", disse Shan Jixiang, diretor do Museu do Palácio.
Shan explicou que os trabalhos de restauração estão estreitamente ligados com a pesquisa científica. Cerca de 33 projetos de estudos acadêmicos estão em andamento com a restauração contínua do Salão do Cultivo Mental no museu, a residência dos últimos oito imperadores da Dinastia Qing (1644-1911).
"Muitos patrimônios mundiais estão em perigo, mas podemos categorizar e registrar os conhecimentos humanos digitalmente, promovendo assim o entendimento mútuo entre diferentes culturas", afirmou Marielza Oliveira, diretora do escritório da UNESCO em Beijing, durante o fórum.
Oliveira elogiou os esforços feitos pela China em termos de cooperação internacional no setor. Em 2016, a Declaração de Shenzhen, publicada em um fórum da UNESCO realizado na cidade costeira no sul da China, estabeleceu um objetivo para reforçar o papel e a capacidade dos museus a nível de proteção de patrimônio cultural através da adaptação de novos padrões tecnológicos.
Uma outra preocupação para os museus em todo o mundo é manter as novas gerações interessadas nos museus.
No fórum, oficiais do Museu Nacional do Hermitage mostraram a sua exibição de realidade virtual baseada na modelagem tridimensional, e o Museu do Louvre deu exemplos dos seus aparelhos multimídia, além de outros exemplos bem sucedidos.
Em 2015, o Museu do Palácio e a Tecent organizaram uma competição de criação de emojis, jogos e outros itens culturalmente criativos inspirados pelos elementos da Cidade Proibida, visando a participação de jovens designers chineses.
Alguns dos projetos vencedores foram exibidos em uma exposição digital no museu. A exposição também mostra os recentes avanços realizados pelas instituições estrangeiras que mantêm laços estreitos na China, tais como o Google Arts and Culture e o grupo de arte digital baseado no Japão.