O ministro das Finanças de Portugal, Mário Centeno, foi eleito presidente do Eurogrupo, esta segunda-feira (4), em Bruxelas.
Centeno foi o mais votado na primeira volta, com oito votos, após a qual saíram da “corrida” a letã Dana Reizniece-Ozola e o eslovaco Peter Kazimir. O ministro português derrotou o candidato luxemburguês Pierre Gramegna na segunda volta da eleição, com maioria simples (ou seja, pelo menos 10 votos entre os 19 membros da área do euro).
Centeno torna-se, assim, o terceiro presidente da história do fórum de ministros das Finanças da zona euro, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker e do holandês Jeroen Dijsselbloem.
O socialista português assumirá o cargo por um período de dois anos e meio e substituirá o ex-ministro das Finanças holandês Dijsselbloem, cujo mandato termina no próximo dia 13 de janeiro.
Centeno disse que é uma "honra" assumir este cargo pela "relevância da tarefa" dos países da zona do euro, que terá foco em "preparar melhor" suas economias em relação ao futuro.
Centeno liderou Portugal durante uma forte recuperação da crise de dívida de 2011 e 2014 e resgate do país. Este ano, Portugal está crescendo no ritmo mais rápido da última década e o déficit orçamental deve cair para o menor nível em muitas décadas.
"A experiência recente de Portugal mostra que é possível na Europa conciliar objetivos de ajuste orçamental e de crescimento", afirmou Centeno na quinta-feira (30), quando anunciava a sua candidatura.
O seu objetivo, acrescentou, é "contribuir para a criação dos consensos necessários para completar a União Econômica e Monetária" e fazer do euro "um instrumento de promoção de convergência econômica e social".
Mário Centeno junta-se a outros portugueses que ocupam cargos em organizações internacionais, como António Guterres, secretário-geral da ONU, Vitor Constâncio, vice-presidente do Banco Central Europeu, passando por Carlos Moedas, comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, entre outros.