Temer qualifica informações sobre reforma da previdência social de "terrorismo inadequado"

Fonte: Xinhua    06.12.2017 14h28

Brasília, 6 dez (Xinhua) -- O presidente brasileiro Michel Temer qualificou de "terrorismo inadequado" as informações publicadas por parte da imprensa sobre as regras propostas para a polêmica reforma da previdência social que o Governo pretende aprovar, mas que ainda não obteve o apoio necessário do Congresso.

Em uma rápida entrevista coletiva nesta terça-feira, junto com o presidente da Bolívia, Evo Morales, em visita oficial ao Brasil, Temer disse ao colega boliviano que ele estava visitando o país em um momento de "profundas transformações" quando se dialoga com o Congresso Nacional e com a sociedade a respeito da adequação das regras previdenciárias do país.

Segundo o presidente, o ponto central da reforma é o estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria, a de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres mas que é preciso esclarecer que haverá um longo período de transição que dever "durar 20 anos".

"Isso significa que começará agora com 55 anos para os homens e 53 para as mulheres e a cada dois anos, se aumentará um ano, portanto será uma transição extremamente suave ", acrescentou.

Para Temer, muitas vezes espalha-se um "terrorismo inadequado' a respeito das regras da reforma e exemplificou dizendo que aqueles que já adquiriram o direito à aposentadoria não precisam apressar-se para requerê-la.

"Eles já têm o direito assegurado. Digo isso porque de vez em quando espalham: 'vão tomar sua aposentadoria'. É um terrorismo inadequado" e ressaltou que a essência da reforma é "combater privilégios".

O presidente demonstrou confiança no avanço da reforma no Congresso e afirmou que a sociedade brasileira está começando a compreender o significado e a importância da reforma.

"Me sinto muito otimista por várias razões. Primeiro, porque a imprensa está apoiando. Segundo, porque houve a compreensão do que é a reforma da Previdência. Terceiro, porque a sociedade já está admitindo e tendo a absoluta convicção de que é indispensável. E porque eu sinto uma sensibilização muito maior com os nossos deputados e senadores", disse Temer.

O texto da reforma das aposentadorias apresentado pelo executivo ao Congresso deve ser votado pelo plenário da Câmara dos Deputados. Para ser aprovado necessitará de 308 votos, número que o governo ainda não tem, apesar dos esforços para convencer a base aliada, o que Temer espera conseguir antes do fim do ano.

O presidente ressaltou que a aprovação da reforma pode oxigenar os cofres do país e, com isso, o governo poderia liberar mais três bilhões de reais (cerca de US$ 900 milhões) para os municípios. "Se a reforma da previdência for aprovada, evidentemente a economia dará um novo salto e com isso podemos prestigiar ainda mais os municípios",explicou.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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