Beijing, 7 dez (Xinhua) -- O 50º da lista dos 100 fugitivos mais procurados da China foi detido, conforme notícias na terça-feira, e os restantes 50 devem saber que não poderão esconder-se eternamente.
A Agência Central Nacional da China da Interpol publicou em abril de 2015 uma lista de 100 suspeitos de corrupção fugidos no estrangeiro com alerta vermelho.
Muitos deles eram ex-funcionários governamentais ou ex-executivos de empresas estatais.
A metade das pessoas na lista retornou desde 19 países e regiões, sendo 12 deles dos Estados Unidos e 11 do Canadá.
É notável que 34 voltaram voluntariamente e se entregaram depois de ser persuadidos pelas autoridades chinesas.
O Partido Comunista da China (PCCh) prometeu em seu histórico 19º Congresso Nacional trazer de volta todos os fugitivos e os apresentar à justiça.
Dos 50 que voltaram, seis levavam mais de 15 anos em fuga. Ninguém deve duvidar da determinação da China ou sua capacidade para encontrar os foragidos.
A China tinha assinado até junho 48 tratados de extradição com países e acordos de assistência judicial sobre infrações penais com quase 60 países e regiões.
Além disso, o gigante asiático procurou cooperação, através de mecanismos internacionais como o G20, o APEC e a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção.
Durante a reunião do APEC de 2014 em Beijing se aprovou a Declaração de Beijing sobre Luta contra a Corrupção com o objetivo de eliminar a corrupção através da extradição e a assistência judicial, assim como da flexibilização dos meios jurídicos para recuperar o dinheiro roubado.
Os líderes do G20 também avalizaram no ano passado em Hangzhou os Princípios de Alto Nível sobre Cooperação a respeito de Pessoas Procuradas por Corrupção e Recuperação de Ativos e o Plano de Ação Anticorrupção 2017-2018 do G20.
Esta rede representa que a cooperação entre a China e outros países tem um forte efeito dissuasivo para quem tem a ideia de fugir.
Capturar os fugidos é apenas uma parte dos esforços chineses para garantir a vitória na luta contra a corrupção.
A China está impulsionando a legislação nacional contra a corrupção e criando uma plataforma de denúncia da corrupção que abrange todas as comissões de inspeção disciplinar e agências de supervisão.
A reforma do sistema nacional de supervisão também está estendendo-se por todo o país com a criação de comissões de supervisão em nível nacional, provincial, de prefeitura e de distrito.
O novo sistema assegurará que a supervisão atinja a todos que trabalhem no setor público e em postos de poder.
Estas medidas permitirão que o mundo continue comprovando que a China é completamente intolerante com a corrupção, o que é uma má notícia para os suspeitos em fuga ou potenciais delinquentes.
