Rio de janeiro, 12 dez (Xinhua) -- A fabricante de aviões europeia Airbus fechou um acordo para indenizar em R$ 30 milhões (US$ 9,1 milhões) um grupo de familiares de vítimas do trágico acidente ocorrido com um avião da TAM que explodiu ao sair da pista no Aeroporto de Congonhas de São Paulo em julho de 2007, que matou 199 pessoas.
Depois de anos de negociação, 93 parentes de 33 vítimas do acidente fecharam um acordo na Justiça com a Airbus, processada por eles porque existe a suspeita de que o acidente teria acontecido por causa de um problema mecânico na aeronave, um Airbus a 320.
Em nota, a Airbus confirmou que chegou a um acordo com os parentes mas ressaltou que o acidente não foi causado por nenhuma falha relacionada à aeronave.
"Não houve uma sentença condenando a Airbus ao pagamento de uma soma. A Airbus se antecipou e fez um acordo e, nesse acordo, ela não reconhece a responsabilidade", declarou o advogado dos familiares, Flavio Galdino, destacando que o importante agora para as famílias é receber a indenização
Galdino acrescentou que a indenização "é uma pequena compensação para uma perda repentina e muito dolorosa para as famílias".
"A responsabilização eventual por culpa segue perante outra justiça, justiça criminal ou instâncias administrativas", explicou o advogado.
A tragédia com o voo da TAM completou 10 anos em julho sem nenhuma pessoa ter sido condenada pelo acidente. O Ministério Público Federal chegou a acusar três pessoas mas todas foram absolvidas em 2015.
O acidente ocorreu no dia 17 de julho de 2007, quando o voo JJ 3054 da TAM, procedente de Porto Alegre explodiu depois de tentar pousar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
A pista estava molhada e o avião deslizou na pista, atravessou a avenida até bater em um prédio e explodir, causando a morte de 187 ocupantes da aeronave e de 12 pessoas que se encontravam no prédio e na rua.
