BEIJING,13 de dez (Diário do Povo Online) - Há 80 anos, o exército japonês invadiu Nanjing, então capital da China, vitimando 300 mil civis e soldados desarmados, durante 6 semanas.
Na manhã de hoje, a China realizou uma cerimônia memorial em homenagem das vítimas do massacre, em Nanjing, transmitindo um sinal da salvaguarda da realidade histórica e da defesa da paz mundial.
O dia 13 de dezembro de 2017 marca o 4º Dia Nacional em Memória do Massacre de Nanjing e o 80º aniversário do mesmo.
A cerimônia foi realizada no Salão Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing, a par de outras atividades realizadas em outros 17 túmulos de vítimas, 12 comunidades e 6 salões memoriais na cidade.
As cerimônias serão também realizadas em outras cidades chinesas, como Beijing, Shenyang e Shanghai.
Dia Nacional em Memória das Vítimas do Massacre de Nanjing
Desde 1994, os governos da província de Jiangsu e da cidade de Nanjing iniciaram a realização de cerimónias de homenagem às vítimas no 13 de dezembro.
A 27 de fevereiro de 2014, a Assembleia Popular Nacional aprovou o estabelecimento do Dia Nacional em Memória das Vítimas do Massacre de Nanjing. Desde então, a China marca a efeméride a nível nacional.
Atrocidades cometidas em 1937
No dia 13 de dezembro de 1937, o exército japonês ocupou Nanjing, iniciando a matança de civis e soldados desarmados na cidade, conhecida como uma das maiores três atrocidades durante a Segunda Guerra Mundial.
Durante 6 semanas, um terço dos edifícios foram destruídos e 20 mil mulheres foram violadas, tendo centenas de milhares de propriedades públicas e privadas sido roubadas.
Em fevereiro de 1946, um tribunal militar contra criminosos de guerra, estabelecido em Nanjing, investigou os acontecimentos, confirmando que mais de 300 mil chineses foram mortos durante o massacre.
Sobreviventes
Passados 80 anos, restam menos de cem sobreviventes do Massacre de Nanjing.
Recentemnte, no dia 10 de dezembro, morreu Guan Guangjing, com 100 anos de idade, o sobrevivente mais idoso.
Em 2015, o Arquivo do Massacre de Nanjing foi catalogado pelo UNESCO no Registro da Memória Mundial.
Atualmente, existem ainda alguns grupos direitistas do Japão que continuam a negar a história do Massacre de Nanjing, causando a ira e preocupação da comunidade internacional.
A China marca esta data sem intenção de transmitir o ódio, mas como forma de homenagear as vítimas e relembrar a importância da salvaguarda da paz mundial.