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Uma revisão do ano econômico da China

Fonte: Xinhua    20.12.2017 13h41

Beijing, 20 dez (Xinhua) -- Se a China fosse uma companhia gigante, teria impressionado o público com seus principais resultados anuais para 2017.

Ao manter um crescimento estável, melhorou a qualidade dos ativos, reduziu os riscos de dívida, e trouxe novo ímpeto para o crescimento a longo prazo e sustentável.

CRESCIMENTO ESTÁVEL

O PIB da China PIB se expandiu 6,9% anualmente nos primeiros três trimestres, superior à meta do governo de cerca de 6,5% para o ano.

O FMI revisou sua previsão pela quarta vez este ano, para 6,8% para 2017 e 6,5% para 2018.

"Sob a pressão da reforma estrutural, a China conseguiu manter o crescimento médio-alto com poucas flutuações. Isso é algo raro tanto no mundo como na própria história de desenvolvimento da China", disse Pan Jiancheng, do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

O crescimento foi alcançado com ajuda de política monetária prudente e neutral, assim como a política fiscal mais proativa e efetiva, como determinado pela reunião central de trabalho econômico no ano passado.

Em vez de ajustar taxas de juros ou reservas obrigatórias, o banco central da China dependeu cada vez mais de operações no mercado aberto este ano para a gestão de liquidez.

A forte dinâmica econômica ajudou os fluxos de capitais transfronteiriços a se tornar mais estável e equilibrado, contribuindo para uma acumulação gradual em reservas de divisas, que aumentaram pelo 10º mês consecutivos chegando a US$ 3,1193 trilhões no fim de novembro.

PROGRESSO ESTRUTURAL

Apenas três minutos depois da entrada no Dia dos Solteiros da China, em 11 de novembro, as vendas no site de compras online TMall, da Alibaba, atingiram 10 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão).

O entusiasmo dos consumidores pelo evento de fazer compras demostra como o país está fazendo transição a uma economia impulsionada pelo consumo de um abastecido pelo investimento.

Wang Tao, economista-chefe do UBS China, estimou que o consumo crescerá a uma taxa anual de pelo menos 7% nos próximos dois anos graças aos crescentes rendas e demandas pela vida de alta qualidade.

Para atender à demanda, a fábrica do mundo está atualizando o que coloca nas prateleiras. A produção dos bens de consumo de baixo valor agregado estão sendo substituída gradualmente pela manufatura de alto nível, com as remessas de smartphones da China respondendo por um quarto do total do mundo.

O "'Made in China ' não mais significa 'barato'. As ferrovias de alta velocidade, energia nuclear, e produtos eletrônicos da China estão todos fazendo rupturas nas indústrias mundiais de nível médio e alto", disse Chen Dongqi, economista da Academia de Pesquisa Macroeconômica.

Enquanto a manufatura de alta tecnologia registra rápido crescimento, o país também fez progresso em eliminar a capacidade de produção excessiva, um dos principais tarefas na atual reforma estrutural no lado da oferta.

A China realizou seus planos de cortar a capacidade anual de produção de aço por cerca de 50 milhões de toneladas e carvão por pelo menos 150 milhões de toneladas este ano, segundo o DNE.

CONTROLE DE RISCOS

Talvez uma das realizações mais notáveis que a China fez em 2017 não foi a taxa de crescimento por si, mas foi como realizá-la com regulamentos mais rigorosos para conter riscos.

No último ano, os líderes da China colocaram a estabilidade financeira como uma com máxima prioridade e fizeram progresso notável em evitar os maiores "rinocerontes cinzentos", geralmente levados pelos bancos-sombra e que representam uma ameaça significativa para a economia.

As autoridades endureceram a administração em atividades interbancárias e produtos de gestão de riqueza de elementos extrapatrimoniais e expandiram restrições em compras de casas para combater as bolhas do mercado imobiliário.

Ao mesmo tempo, o país também está tentando ter um balanço geral mais saudável, cortando a alavancagem ao reduzir o endividamento. Estabeleceu tetos de dívidas para os governos locais, e introduziram um programa de troca de dívida a bônus.

Segundo a agência mundial de avaliações Moody's, o desempenho econômico e fiscal dos governos locais chineses eram estáveis nos primeiros três trimestres de 2017, e a meta para o ano inteiro será cumprida.

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