Moscou, 29 dez (Xinhua)--O presidente da Rússia, Vladimir Putin, submeteu nesta quarta-feira os documentos necessários ao Comitê Eleitoral Central (CEC), para assim iniciar oficialmente sua campanha presidencial de 2018.
Os canais de TV russos mostraram Putin chegando à sede da CEC e entregando pessoalmente os documentos a um funcionário.
Os documentos, conforme mostrado na filmagem, incluem um pedido de registro de um grupo de apoiadores da iniciativa, uma declaração de consentimento para candidato a presidente, confirmações de dados biográficos, bem como dados sobre suas propriedades.
Em 6 de dezembro, Putin anunciou que buscaria um novo mandato nas eleições presidenciais no próximo ano durante uma reunião com funcionários de uma fábrica de automóveis na cidade russa de Nizhny Novgorod.
Ele escolheu concorrer como candidato independente e, portanto, após o exame necessário da autenticidade dos documentos submetidos, será permitido começar a coletar no mínimo 300.000 assinaturas de seus apoiadores para ser assim registrado como candidato na corrida presidencial.
Isso deve ser feito o mais tardar 45 dias antes das eleições fixadas para 18 de março de 2018.
Se um candidato deseja se candidatar no âmbito de um partido político, o partido terá que coletar pelo menos 100.000 assinaturas em nome do candidato.
Os partidos representados no parlamento, o governante, Rússia Unida, o Partido Comunista da Rússia, o Partido Liberal Democrata da Rússia e a Rússia Justa, podem registrar seus candidatos sem colecionar assinaturas para seu apoio.
O Rússia Unida e o Rússia Justa decidiram apoiar Putin e não lançarão um candidato alternativo.
O Partido Comunista da Rússia decidiu, no sábado, lançar como candidato Pavel Grudinin, de 57 anos, diretor da fazenda Lenin Sovkhoz, localizada na região de Moscou, que não é membro do partido.
Na semana passada, o CEC registrou como primeiro candidato o líder do Partido Democrata Liberal da Rússia, Vladimir Zhirinovsky.
Na segunda-feira, o CEC negou ao líder da oposição, Alexei Navalny, o direito de participar nas próximas eleições presidenciais, citando sua condenação anterior.