BEIJING, 3 de jan (Diário do Povo Online) - A China prepara-se para intensificar a aplicação de reformas políticas e econômicas durante o novo ano, dando seguimento às resoluções firmadas no 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) que, em 2017, reforçou a liderança central, dizem especialistas.
"O Congresso do Partido criou condições vantajosas para aprofundar as reformas e reforçou a autoridade do comitê central do Partido, o que ajudará a superar a resistência de grupos de interesses", disse Su Wei, professor na Escola do Partido do Comitê Municipal do PCCh de Chongqing, ao Global Times na terça-feira.
O congresso nacional realizado no último outono também se absteve de mencionar um objetivo prévio de dobrar o PIB da China, emitindo um sinal de que a China está comprometida com o equilíbrio entre o crescimento e as reformas.
A segunda sessão plenária do 19º Comitê Central do PCCh será realizada no final de janeiro, durante a qual a emenda da Constituição da China será discutida, anunciou o Bureau Político do Comitê Central do PCCh, no final de dezembro passado. Trata-se da primeira emenda constitucional desde 2004.
A terceira sessão plenária do 19º Comitê Central do PCCh deverá ter lugar no outono deste ano, durante o qual as políticas e estratégias de reforma poderão ser abordadas.
Este ano assinala o 40º aniversário da reforma e abertura da China, responsável pelo milagre econômico vivenciado no país, segundo oficiais do Partido e economistas.
Na sua mensagem de ano novo de 2018, o Presidente Xi Jinping referiu que a política de reforma e abertura é o único caminho para a China moderna consolidar os progressos no seu desenvolvimento e dar novos passos rumo ao Sonho Chinês.
Su frisou que as reformas aplicadas desde o 18º Congresso Nacional do PCCh superaram as expectativas. Ele indicou que um dos grandes avanços foi a elaboração de políticas de reforma na legislação para implementar o Estado de direito.
"Atualmente, a China enfatiza que as políticas de reforma devem ser traduzidas em leis, antes de serem implementadas em todo o país. O ritmo reformista pode desacelerar, mas a evolução será mais estável", acrescentou Su.