Um teste de larga escala da rede de próxima geração irá preceder o seu lançamento comercial.
A China irá impulsionar a comercialização da tecnologia de comunicação móvel de quinta geração, com os primeiros celulares 5G prontos a entrar no mercado no final de 2019, segundo os especialistas.
Os comentários surgem acompanhando o objetivo da China de disponibilizar os primeiros equipamentos 5G pré-comerciais no final deste ano e, assim, lançar as bases para os testes em grande escala de aplicativos e serviços 5G em 2019.
Wang Zhiqin, um especialista do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, disse, “Tendo em conta que a primeira versão dos padrões 5G sairá em junho deste ano, esperamos que o equipamento do sistema, incluindo estações de base e equipamentos de rede, possam atingir o nível pré-comercial até ao final de 2018”.
“Mas será necessário mais tempo para desenvolver chips 5G. Estes celulares só deverão ser possíveis após junho de 2019”, disse à margem de uma conferência na terça-feira. Wang é vice-diretor da Academia Chinesa de Tecnologia da Informação e Comunicação, um think tank afiliado ao MIIT.
A China tem movido esforços para acelerar a investigação e desenvolvimento do 5G, sendo que a tecnologia extrarrápida deverá movimentar 6.3 trilhões de yuan no país em 2030.
Na terça-feira, o MIIT desvendou os requisitos técnicos para uma terceira fase dos testes 5G e encorajou as empresas a efetuarem mais pesquisas para a integração de chips, sistemas e outros instrumentos.
A China Unicom, a segunda maior operadora nacional de telecomunicações, disse que planeja levar a cabo testes 5G em 7 regiões, incluindo Beijing, Shanghai, Tianjin e Xiongan.
Wen Ku, diretor do departamento de desenvolvimento de telecomunicações do MIIT, disse que mais esforços serão também postos em prática para promover a investigação e desenvolvimento em bandas de frequências baixas, médias e altas, e para acelerar o impulso para testar diferentes aplicativos 5G.
Kelvin Peng, diretor de Investigação e Desenvolvimento da Ericsson Northeast Asia, disse que os serviços 5G pré-comerciais requerem a interconexão de diferentes dispositivos e sistemas.
“É mais fácil ajustar os sistemas para se enquadrarem com a primeira versão dos padrões 5G globais do que ajustar o hardware. Assim que as empresas estiverem determinadas a testar os chips, será necessária uma enorme quantidade de dinheiro. Daí em diante, os chips 5G irão ser popularizados muito lentamente”, disse Peng.
A empresa sueca está trabalhando junto com a China Mobile na investigação do 5G. A Ericsson prevê que venham a existir pelo menos 1 bilhão de utilizadores 5G no mundo até 2023, com um volume de tráfego multiplicado por 5 vezes.
Na quarta-feira, a empresa desvendou uma solução para responder ao aumento de procura dos consumidores por uma melhor conectividade em espaços interiores. O novo dispositivo, chamado Ericsson 5G Radio Dot, foi desenhado para aumentar a banda larga móvel e melhorar a propagação de sinal em espaços interiores.