Beijing, 22 jan (Xinhua) -- O desequilíbrio de gênero na China continuou diminuindo em 2017, devido à introdução da "política do segundo filho", de acordo com especialistas.
No fim de 2017, a China tinha 32,66 milhões de homens a mais que mulheres, diminuindo dos 33,59 milhões no final de 2016, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas.
O desequilíbrio entre homens e mulheres tem caído nos últimos cinco anos, com uma queda anual de cerca de 1,2 milhão, com a maior redução ocorrendo em 2017, mostraram os dados oficiais.
Chen Jian, vice-diretor da Sociedade Chinesa de Reforma Econômica, atribuiu a melhora no equilíbrio de gênero da China à introdução da "política do segundo filho", que ajudou a reduzir o número de abortos seletivos nas regiões onde os meninos são mais preferidos que meninas.
Cerca de 17,23 milhões de bebês nasceram em 2017, sendo 51% deles o segundo bebê da família, de acordo com a Comissão Nacional da Saúde e Planejamento Familiar.
No entanto, o número total de nascimentos caiu cerca de 630 mil em relação a 2016, enquanto a percentagem da população acima dos 60 anos subiu de 16,7% em 2016, para 17,3% em 2017.
A China deve lançar mais políticas favoráveis para encojarar casais a terem filhos para ajudar o país a lidar com o envelhecimento da população, disse James Liang, professor da Universidade Pequim.
O governo pode baixar taxas ou oferecer subsídios às famílias para as ajudar a cobrir os custos de se ter mais que uma criança, sugeriu Liang.