Lisboa, 24 jan (Xinhua) -- O julgamento por corrupção de Manuel Vicente, ex-vice-presidente da Angola, começou em Lisboa na segunda-feira, sendo dividido imediatamente em duas partes.
Vicente é uma das seis pessoas julgadas como parte de uma investigação conhecida como "Operação Fizz". O tribunal concordou com um recurso para separar o caso de Vicente dos demais.
O advogado de Vicente, Rui Patricio, disse à Agência de Notícias Portuguesa Lusa que estava "satisfeito" com a decisão, descrevendo-a como "inevitável".
No entanto, Vicente ainda não será extraditado. Angola quer julgar Vicente, mas o Ministério Público de Portugal teme que ele possa receber imunidade diplomática.
O presidente angolano, João Lourenço, chamou a recusa de Portugal de extraditar Vicente de "ofensiva". O julgamento tornou-se assim tanto sobre as relações luso-angolanas como sobre os supostos delitos de Vicente.
Vicente, o ex-CEO da Sonangol, empresa petrolífera estatal angolana, é acusado de pagar subornos em 2013 para o promotor público português, Orlando Figueira, para suspender dois inquéritos de fraude.
Figueira, que também está em julgamento, começou seu testemunho dizendo que nunca havia encontrado Vicente antes, informou a mídia local.