A China irá procurar tirar partido do atual impulso industrial ao longo de 2018, ao incentivar a adoção de tecnologias de ponta no setor manufatureiro, de acordo com o regulador do desenvolvimento industrial do país.

A promessa surge após a produção industrial da China ter subido em 6.6 pontos percentuais em 2017.

Miao Wei, ministro da indústria e tecnologia da informação, disse na terça-feira que a “China irá criar várias zonas de demonstração de inovação a nível nacional, e angariar recursos para promover a integração da manufatura e novas tecnologias em 2018”.

De acordo com Miao, os setores das novas tecnologias irão desempenhar um maior papel na condução dos destinos da economia do país. Em 2017, a China produziu mais de 120,000 robôs industriais, um aumento de 68% em termos anuais.

No que concerne a veículos movidos a novas energias, a China lidera no cenário mundial, tendo produzido 794,000 unidades no ano transato, um acréscimo de 51%.

O Ministério da Indústria e Tecnologias da Informação previu em dezembro passado que a produção industrial do país deverá crescer em cerca de 6% este ano.

O objetivo de subir na cadeia industrial está ganhando um ritmo especial ao longo do país, com um total de 97 projetos piloto de manufatura inteligente já anunciados em outubro. Empresas como a Beiqi Foton Motor Co e Lepu Medical Technology (Beijing) são participantes ativos de tais iniciativas.

Wang Peng, vice-diretor do Centro da China para a Indústria de Desenvolvimento da Informação, disse que esforços intensificados para cortar no excesso de capacidade favorecerão o setor industrial e irão melhorar a qualidade da economia.

Em 2017, a China conseguiu o seu objetivo de reduzir a produção de aço em mais de 50 milhões de toneladas métricas. O país foi também bem-sucedido em reduzir o excesso de produção em outras indústrias, tais como a do cimento.

No início de janeiro, especialistas responsáveis por assessorar o governo central nos planos para a reestruturação industrial, renovaram a iniciativa “Made in China 2025”, colocando mais ênfase nas novas tecnologias, tais como a inteligência artificial.

Esta decisão está enquadrada com o plano de três anos anunciado pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, visando melhorar a aplicabilidade da Inteligência artificial em setores como saúde, automóveis, robôs, entre outros.