Beijing, 16 fev (Xinhua) -- A China expressou nesta quinta-feira a firme oposição à visita do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, a uma área sob disputa e pediu que o lado indiano não tome ação que possa complicar a questão da fronteira.
"A posição da China em relação à questão da fronteira China-Índia é consistente e clara", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, em resposta a reportagens de que Modi visitou o chamado Arunachal Pradesh na quinta-feira.
"O governo chinês nunca reconheceu o chamado Arunachal Pradesh e se opõe firmemente à visita do líder indiano à área sob disputa", afirmou Geng.
"Apresentaremos representações severas ao lado indiano", disse ele.
Segundo o porta-voz, a China e a Índia chegaram a um consenso importante sobre a gestão adequada das controvérsias, e os dois lados estavam trabalhando para resolver as disputas territoriais através de negociações e consultas.
"O lado chinês exige que o lado indiano honre seu compromisso e cumpra o consenso relevante e que não tome nenhuma ação que possa complicar a questão da fronteira", assinalou Geng.
Ele urgiu que a Índia valorizasse o impulso as melhoras arduamente obtidas nas relações bilaterais e criasse condições favoráveis às negociações de fronteira e o desenvolvimento das relações bilaterais.
O chamado Arunachal Pradesh foi estabelecido em grande parte em três áreas do Tibet da China: Monyul, Loyul e Baixo Tsayul, que estão sob ocupação ilegal da Índia. Essas três zonas, localizadas entre a ilegal "Linha McMahon" e a fronteira tradicional entre a China e a Índia, sempre foram território chinês.
Em 1914, os colonialistas tramaram secretamente a ilegal "Linha McMahon" a fim de incorporar as três zonas do território chinês à Índia. Nenhum dos sucessivos governos chineses reconheceram a validez dela.
Em fevereiro de 1987, as autoridades indianas declararam a fundação do chamado Arunachal Pradesh.