Beijing, 9 mar (Xinhua) -- A China expressou na sexta-feira "firme oposição" às tarifas norte-americanas sobre importações de aço e alumínio, dizendo que a medida prejudicará seriamente a ordem do comércio internaiconal normal.
O presidente Donald Trump assinou, em meio a crescentes críticas de empresários e parceiros comerciais em todo o mundo, decretos para impor altas tarifas sobre importações de aço e alumínio.
As tarifas, 25% sobre aço e 10% sobre alumínio, entrarão em vigor em 15 dias com isenção inicial para Canadá e México, pendente da renegociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA, em inglês).
Elas foram tomadas sob a alegação de segurança nacional, mas a maioria do aço e alumínio era para uso civil, disse Wang Hejun, funcionário do Ministério do Comércio da China.
O abuso de cláusulas sobre segurança nacional prejudicará a Organização Mundial do Comércio e outros sistemas de comércio multilaterais, acrescentou.
A China adotará medidas para defender seus direitos e interesses legítimos, disse.
A China pediu que os Estados Unidos respeitem o sistema de comércio multilateral e revoguem a política o mais breve possível, afirmou Wang.
Um comunicado separado, divulgado sexta-feira pela Associação de Ferro e Aço da China, disse que a medida prejudicou não só a indústria de ferro e aço em todo o mundo mas também os interesses dos consumidores, especialmente os americanos.
O comércio de ferro e aço tem sido o setor mais afetado pelas fricções comerciais China-EUA.
Antes da investigação Seção-232 da administração de Trump, dezenas de medidas antidumping e de contrabalanço foram impostas em quase todos os produtos de ferro e aço, com algumas tarifas já proibitivamente altas.
A associação pediu que o governo tome contramedidas sobre importações desde os EUA.