Por Du Yifei e Wang Junling, Diário do Povo

Um lote de carros produzidos na China à espera para serem exportados no Porto Lianyungang, na província de Jiangsu, a 5 de março. De janeiro a fevereiro deste ano, o porto de Lianyungang totalizou 39.33.6300 toneladas de carga, um aumento de 4% em termos anuais. (Fonte: Economic Daily)

De acordo com os dados divulgados a 8 de março pela Administração Geral das Alfândegas da China, nos dois primeiros meses de 2018, o comércio de importação e exportação totalizou 4,52 trilhões de yuans (1 dólar americano equivale a 6,33 yuan), um aumento de 16,7% em relação ao período homólogo de 2016.

Os dados revelaram que as exportações totalizaram 2,44 trilhões de yuans, um acréscimo de 18%, e as importações 2,08 trilhões de yuans, 15,2% acima dos valores anteriores, com um superávit comercial de 362,2 bilhões de yuans (um aumento de 37,2%).

Anteriormente, estava previsto uma queda dos mercados em fevereiro, pelo que, os resultados reais excederam as expectativas.

A forte expansão do mercado da China na UE, EUA, ASEAN e Japão e outros principais mercados de exportação, a par da iniciativa Um Cinturão e Uma Rota, contribuíram para que as exportações atingissem 1,26 trilhão de yuans, superior à taxa de crescimento global do comércio exterior em 5,2 pontos percentuais.

Os analistas sublinharam que o “bom começo” do comércio exterior da China neste ano está relacionado com a recuperação econômica global e no aumento da demanda externa, bem como com os contínuos esforços da China no seu processo de abertura e no aprimoramento da vitalidade da sua economia.

A estrutura do comércio exterior da China tem sido continuamente otimizada. Nos dois primeiros meses de 2018, a importação e exportação de empresas privadas contribuiu com 1,77 trilhão de yuans, 26,3% superior aos dados anteriores, representando 39,3% do valor total do comércio exterior, um aumento de 3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

Porto de Qingdao, a 12 de janeiro. Fonte: visão do povo

Os especialistas defendem que a China atribui grande importância ao desenvolvimento da economia real, e o governo tem ativamente fornecido condições convenientes para o comércio e investimento, incentivando a que os negócios se focalizem na inovação tecnológica, em busca da liderança na modernização industrial.

As empresas chinesas já não produzem apenas produtos de processamento simples, mas começaram também a desenvolver cada vez mais equipamentos e produtos de ponta.

Concomitantemente, a melhoria da conveniência dos serviços aduaneiros na China influenciou positivamente o comércio com o exterior.

Segundo Liu Weiwei, membro da CCPPCh e comissário dos serviços aduaneiros de Chongqing, a cidade tem participado ativamente na iniciativa Cinturão e Rota, promovendo a reforma das zonas piloto de livre comércio, eliminando inspeções repetitivas e desnecessárias e contribuindo para o impulsionamento do comércio eletrônico transfronteiriço.

Novas formas de desenvolvimento, como a aquisição de mercado, serviços de comércio exterior, comércio de sede, comércio de reexportação, entre outros, estabeleceram um modelo regulatório que se adapta a novas condições de negócios.

Durante uma entrevista, o ministro chinês do Comércio, Zhong Shan apontou que, em 2017, as importações e exportações da China registraram um crescimento de 14,2%, o valor mais alto de 6 anos, tornando o país na maior nação comercial do mundo.

Em 2018, os trabalhos de comércio exterior da China vão concentrar-se em estabelecer um novo conceito de desenvolvimento, promover o desenvolvimento de alta qualidade, criar uma nova imagem da qualidade e do comércio exterior das marcas chinesas, assim como levar a cabo esforços para promover a construção de um país de comércio exterior forte.