Cada vez mais países incluem o mandarim nos exames nacionais

Fonte: Diário do Povo Online    20.03.2018 13h13

Por Li Yingyan, Diário do Povo

No dia 14 de março, Sergey Kravtsov, vice-ministro da Educação da Rússia e diretor do Birô de Supervisão Educativa, anunciou que havia sido completo o desenvolvimento de um sistema de exames do idioma chinês a nível nacional, estando prestes a ser incluído no vestibular do país.

Os estudantes do ensino médio russo que escolherem estudar mandarim, deverão poder participar no exame de mandarim-russo em 2019.

Além da Rússia, também a Alemanha passou a listar o mandarim como uma das línguas estrangeiras para o vestibular. A Irlanda é outro país que considera uma medida semelhante no futuro.

Estudantes russos usam pincéis para praticar caligrafia chinesa. Foto: Diário do Povo Online

O “Exame Unificado Russo”, tal como o vestibular, não se trata apenas do exame final do ensino secundário, sendo também usado como critério para o acesso à universidade. No total, contém 14 disciplinas obrigatórias e opcionais. Na atualidade, a Rússia conta com cerca de 750,000 graduados do ensino secundário a participar nos exames anualmente.

Kravtsov referiu que a Academia de Supervisão de Educação da Rússia, após 3 anos de trabalho, terminou a elaboração do modelo para os exames orais e escritos de mandarim, bem como os critérios de avaliação e formação dos responsáveis pela apreciação dos exames.

Na Alemanha, são cada vez mais as escolas que adotam o mandarim como exame de língua estrangeira. O mesmo se verifica no número de alunos interessados.

O governo irlandês, que no final de 2017 anunciou a sua estratégia para o ensino de línguas estrangeiras para os próximos 10 anos, decretou que a partir de 2020, os estudantes do ensino médio e secundário poderão escolher estudar mandarim. O idioma irá constar em 2022 como parte do rol de exames de conclusão do ensino médio e secundário.

Além da inclusão nos exames nacionais, vários países têm passado a acolher o ensino de chinês nas escolas primárias e médias. No final de 2016, o governo britânico inaugurara o seu programa “Mandarin Excellence Programme”, apoiando o ensino de chinês nas escolas do ensino médio irlandesas e alocando 10 milhões de libras para garantir que, até o final de 2020, sejam formados 5000 jovens capazes de comunicar em mandarim.

O número de espanhóis que estudam chinês ultrapassou já os 40,000.

Em frança, existem mais de 150 universidades e mais de 700 escolas primárias e secundárias com cursos da língua do país mais populoso do mundo. O ministério da educação francês estabeleceu inclusive um órgão exclusivo para monitorar o ensino da língua chinesa no país.

Na Itália, mais de 30,000 estudantes estão estudando chinês, sendo que mais de 40 universidades locais disponibilizam cursos superiores com especialização neste idioma.

Uma análise estatística incompleta revela que, dos cerca de 50 milhões de sul coreanos, mais de 10,60 milhões estão aprendendo a língua chinesa, sendo o país onde o número de estudantes é maior em todo o mundo.

Anualmente, o número de examinandos do HSK, o exame oficial para testar o nível de proficiência em chinês, e do YTC, um exame semelhante, mais vocacionado para alunos do ensino primário e médio, totaliza as 170,000 inscrições.

No Paquistão, Zhang Daojian, diretor do Instituto Confúcio em Islamabad, o número de examinandos anuais já ultrapassa os 1000.

Em 2010, as Nações Unidas criaram o “Dia do Mandarim das Nações Unidas”. Atualmente, mais de 600 quadros da instituição estão frequentando cursos de mandarim. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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