Santiago, 28 mar (Xinhua) -- O ano passado observou uma consolidação fiscal na América Latina, com aumento da atividade econômica e queda no ritmo de crescimento da dívida pública na região, disse uma autoridade da ONU, na segunda-feira.
A melhoria é resultado de uma contenção dos gastos públicos e uma distribuição adequada da receita fiscal, disse Alicia Barcena, secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) em um fórum político em Santiago.
No mesmo evento, o embaixador da Espanha no Chile, Carlos Robles, disse que o aumento das receitas fiscais permitiu que a receita federal tivesse objetivos específicos ligados ao "crescimento econômico, à estabilidade monetária e financeira e à sustentabilidade do Estado".
O fórum, conhecido como Seminário Regional de Política Fiscal, é organizado pela CEPAL, junto com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Reunindo altos funcionários de toda a região, a CEPAL apresentou seu relatório intitulado Panorama Fiscal da América Latina e Caribe 2018, que analisou as tendências atuais na região e examina a evolução histórica da política fiscal nas últimas três décadas, bem como os desafios futuros para implementar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Segundo o relatório, a região precisa reforçar seus sistemas de bem-estar social para melhorar a estabilidade social e o efeito da distribuição secundária fiscal.
O relatório da CEPAL também observou que a maioria dos países da América Latina e do Caribe apresenta níveis de recursos abaixo de seu potencial, devido a problemas na administração fiscal e, principalmente, grave evasão fiscal.
Segundo a CEPAL, a evasão fiscal chegou a 340 bilhões de dólares em 2015 na região, apenas com imposto de renda e imposto sobre valor agregado, respondendo por 6,7% do PIB da região.