Beijing, 10 abr (Xinhua) -- A China e a Mongólia concordaram na segunda-feira em ligar a Iniciativa do Cinturão e Rota à iniciativa de desenvolvimento Caminho das Pradarias, da Mongólia, para beneficiar ambos os povos.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, fez as declarações ao conversar com o primeiro-ministro mongol, Ukhnaa Khurelsukh, em Beijing.
Li disse que a China e a Mongólia são dois importantes países vizinhos, bons amigos e parceiros, e que a China aprecia o governo mongol por reiterar sua firme adesão à política de Uma Só China.
A China quer trabalhar com a Mongólia para estabelecer a direção das relações bilaterais em uma altura estratégica e desde uma perspectiva de longo prazo, consolidar a confiança política mútua, respeitar os interesses essenciais e as principais preocupações de cada uma, manter os intercâmbios de alto nível, fortalecer os intercâmbios parlamentares, melhorar os intercâmbios entre partidos e comunicar-se mais sobre assuntos regionais e internacionais, disse Li.
Li declarou que espera que o desenvolvimento das relações entre a China e a Mongólia beneficie ambos os países e a paz, estabilidade e prosperidade regionais.
Tanto a China como a Mongólia enfrentam a importante missão de desenvolver suas economias e melhorar o bem-estar da população, disse Li, indicando que a China quer trabalhar com a Mongólia para usar as vantagens complementares de suas economias.
Li pediu o lançamento de uma pesquisa de viabilidade sobre um acordo de livre comércio China-Mongólia e a aceleração da construção de uma zona de cooperação econômica fronteiriça.
O primeiro-ministro pediu que as duas partes cooperem mais em capacidade industrial, investimento, agricultura e pecuária, energia e minerais, transportes, renovação de bairros pobres, controle da poluição e construção de infraestrutura urbana e portuária.
O próximo ano marcará o 70º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas, disse Li, pedindo que as duas partes fortaleçam os intercâmbios entre os jovens, cultura, meios de comunicação e turismo para consolidar a base social e da opinião pública para a amizade entre os dois países.
Khurelsukh disse que a Mongólia dá prioridade à relação de amizade com a China em sua política externa e que o governo mongol adere firmemente à política de Uma Só China.
A Mongólia concorda que o Tibet e Taiwan são partes inalienáveis do território chinês e que os assuntos referentes ao Tibet e Taiwan são assuntos internos da China, acrescentou Khurelsukh.
Khurelsukh disse que a Mongólia quer trabalhar com a China para fortalecer a confiança política mútua, manter visitas de alto nível, aprofundar a cooperação econômica, integrar suas estratégias de desenvolvimento e ter uma cooperação mais pragmática.
Antes das conversações, Li realizou uma cerimônia de boas-vindas para Khurelsukh.
Depois da reunião, ambos testemunharam a assinatura de diversos documentos de cooperação bilateral em áreas como economia e comércio, intercâmbios entre pessoas, capacidade industrial e proteção do meio ambiente.
O chefe do Legislativo chinês, Li Zhanshu, também se reuniu na tarde de segunda-feira com Khurelsukh e ambos concordaram em compartilhar as experiências em governança e ter mais intercâmbios legislativos.