Rio de Janeiro, 20 abr (Xinhua) -- O Brasil só conseguirá se recuperar o suficiente para registrar superávit primário do orçamento anual em 2022, informou o Fundo Monetário Internacional (FMI), em relatório divulgado na quarta-feira.
Em outubro de 2017, no entanto, o FMI esperava que o Brasil conseguisse registrar superávit primário até 2021.
Na semana passada, o governo brasileiro disse que proporia manter a projeção do déficit primário nas contas públicas em 139 bilhões de reais (cerca de 41,1 bilhões de dólares) para 2019. Também planeja propor déficits primários para os orçamentos de 2020 e 2021.
De acordo com o relatório do Fiscal Monitor do FMI, a dívida brasileira atingirá 87,3% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, acima dos 84% em 2017. Em 2019, a dívida deverá ultrapassar 90% do PIB.
O FMI também pediu uma votação sobre a Reforma da Previdência Social, dizendo: "Ao adiar a reforma, a estabilidade também é adiada".
O projeto de reforma da Previdência Social, que o governo considera fundamental para manter o déficit público sob controle, foi arquivado por enquanto, já que o governo não quer arriscar submetê-lo a uma votação no Congresso sem garantir que seja aprovado.
A reforma, criada em 2016, que pretende aumentar a idade para aposentadoria, é de longe a mais controversa das propostas do presidente Michel Temer, com opositores até na coalizão do governo.