A China almeja melhorar o seu soft power e influência global com a Exposição de Marcas da China, inaugurada ontem em Shanghai, e que se prolongará por 3 dias.
O evento, que tem como mote "marcas chinesas, compartilhamento mundial", foi projetado para ajudar empresas nacionais a construir marcas influentes, aprimorar a competitividade geral do país e ajudar na transição da economia chinesa.
Ao mesmo tempo, também destacará o apoio da China à economia real, o ênfase aos direitos de propriedade intelectual e a resolução para impulsionar o desenvolvimento das empresas domésticas de uma forma mais aberta.
Distribuída por uma área de mais de 25.000 metros quadrados, a exposição atraiu mais de 600 empresas nacionais, incluindo empresas estatais como a China National Nuclear Corp e a China Aerospace Science and Technology Corp, além de empresas privadas, como a maior agência de viagens on-line da China, a Ctrip, e a Haier, do setor de eletrodomésticos.
No final de abril do ano passado, o Conselho de Estado aprovou o Dia da Marca Chinesa, no dia 10 de maio.
O vice-premiê Hu Chunhua disse na cerimônia de abertura da exposição, que, acompanhando o crescimento econômico do país, a China testemunhou a ascensão de várias marcas nacionais e o aumento da competitividade no mercado global.
"Temos visto a renovação de marcas nacionais centenárias e a ascensão de marcas mais jovens prosperando no mercado internacional, após a reforma e abertura, o que pode ser atribuído ao aumento da consciencialização das empresas chinesas", disse ele.
De acordo com a Administração Estatal para a Regulamentação de Mercado, existiam mais de 14,9 milhões de marcas registradas até o final do ano passado, o que superou o resto do mundo por 17 anos consecutivos.
"Os consumidores chineses dão agora mais ênfase à individualidade e diversidade, atribuindo mais importância às experiências. Mais esforços na criação de uma imagem de marca podem garantir o fornecimento mais eficiente de produtos. À medida que os laços econômicos entre diferentes economias estão aumentando com a globalização, podemos fornecer mais opções aos consumidores globais", acrescentou.
O prefeito de Shanghai, Ying Yong, disse que um dos principais objetivos da realização da exposição é reconhecer a influência e a consciência global das marcas nacionais chinesas.
De acordo com a lista Global 500, lançada pela consultoria britânica de avaliação de marcas Brand Finance, em fevereiro, 22 empresas chinesas estavam entre as 100 melhores empresas do mundo em 2017, em comparação com 16 em 2016.
O secretário do Partido de Shanghai, Li Qiang, disse que as marcas chinesas devem demonstrar a sua nova imagem ao mundo com a ajuda desta exposição, que deve abraçar o mercado de maneira mais aberta e buscar uma possível cooperação global no evento.
"As marcas são a demonstração da competência de um país, uma região e até mesmo uma empresa", reforçou, acrescentando que "Shanghai fará todos os esforços para promover as quatro marcas da cidade: manufatura, serviços, compras e cultura".