Luanda, 15 mai (Xinhua) -- O ministro da Defesa Nacional angolano, Salviano Sequeira, e seu homólogo português, José Azeredo Lopes, reafirmaram na segunda-feira em Luanda o interesse em renovar e reforçar a parceria no campo militar.
Ambos os oficiais fizeram-no na cerimônia de abertura da 17ª reunião da comissão mista bilateral luso-angolana sobre a defesa.
O ministro angolano disse que, apesar da crise financeira global, o governo investiu na reestruturação e redimensionamento do sistema de segurança, tornando-o forte e efetivo na preservação de estabilidade e na promoção de desenvolvimento.
Ele considerou de grande valor a cooperação com Portugal no campo de treinamento, facilitado pela língua comum.
Sequeira disse que a cooperação militar entre os dois países está se desenvolvendo e se consolidando, tornando-se um exemplo de fraternidade e solidariedade entre os dois povos.
Ele acredita que os dois Estados continuarão trabalhando conjuntamente sob o acordo-quadro para 2012 e 2021 e construirão juntos o caminho do progresso que é feito através do cultivo de relações saudáveis.
Por outro lado, o ministro português disse que o relacionamento a nível militar e de defesa tem sido uma das constantes mais sólidas, institucionais e leais para a cooperação entre Portugal e Angola.
O oficial acredita que é hora de elevar esse relacionamento e cooperação para um novo nível, do técnico-militar para a cooperação na defesa.
Azeredo espera que o intercâmbio se baseie em programas inovadores de benefícios mútuos.
Segundo ele, a cooperação na defesa representa uma contribuição real para o fato de que ambos os países são produtores de segurança global, regional e subregional.
O ministro está em uma visita de seis dias a Angola desde 14 de maio, a fim de conhecer todos os programas de cooperação militar entre os dois países.
A visita de Azeredo acontece no momento em que o Tribunal da Relação de Lisboa, Portugal, decidiu na quinta-feira passada transferir ao país africano o processo contra o ex-vice-presidente de Angola Manuel Domingos Vicente.
Essa decisão é tomada na sequência das exortações anteriores feitas pelo presidente angolano, João Lourenço, às autoridades judiciais portuguesas para transferir o processo contra Vicente -- cuja isenção apenas expira em setembro de 2022 -- para que seja julgado pelos tribunais angolanos.
Portugal é a principal fonte de importações de Angola, e as empresas portuguesas estão muito ativas nos setores bancário e de construção no país africano. Por sua vez, investidores angolanos compraram grandes participações das principais empresas cotadas em Lisboa.
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