Beijing, 25 mai (Xinhua) -- Um porta-voz do exército chinês criticou nesta quinta-feira os Estados Unidos por retirarem o convite à China para o exercício naval multinacional Margem do Pacífico 2018.
Ren Guoqiang, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, declarou que os EUA exageraram a chamada "militarização no Mar do Sul da China" e a utilizaram como desculpa para retirar o convite à China para o exercício conjunto.
"A decisão dos EUA não é construtiva. Bloquear a comunicação em qualquer momento não ajuda a construir confiança nem promover a cooperação entre as forças armadas dos dois países", disse Ren.
Ele assinalou que a China tem uma soberania indisputável sobre as ilhas no Mar do Sul e suas águas adjacentes.
"É um direito legítimo da China como um Estado soberano realizar atividades de construção e instalar estruturas de defesa necessárias em seu próprio território. Esses atos não têm nada a ver com a chamada militarização, mas são medidas necessárias para salvaguardar a soberania e manter a paz e a estabilidade regionais", assinalou Ren. "Os EUA não tem nenhum direito de dar essas declarações irresponsáveis".
"Convidada ou não, a China não mudará sua determinação para manter a paz e a estabilidade na região Ásia-Pacífico e proteger sua soberania e seus interesses de segurança", acrescentou Ren. "Desenvolver uma relação saudável e estável entre as duas forças armadas é benéfico para os interesses tanto dos EUA como da China. As relações devem ser protegidas por ambos os países", indicou.
"Os EUA devem olhar para o panorama global, abandonar sua mentalidade de soma zero e lidar adequadamente com suas diferenças", disse Ren. "Vamos tornar as relações militares entre a China e os EUA um fator de estabilidade para as relações bilaterais em geral", assinalou.