Beijing, 28 mai (Xinhua) -- China e Burkina Fasso anunciaram neste sábado a retomada das relações diplomáticas em um comunicado conjunto assinado em Beijing pelo conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, e pelo ministro das Relações Exteriores de Burkina Fasso, Alpha Barry.
O comunicado indica que a retomada dos laços corresponde aos interesses e desejos dos povos de ambos os países.
Os dois governos concordaram em desenvolver relações amigáveis com base nos princípios do respeito mútuo à soberania e integridade territorial, não agressão, não interferência nos assuntos internos de cada um, igualdade, benefício mútuo e coexistência pacífica, diz o comunicado.
O governo de Burkina Fasso reconhece que só há uma China no mundo, que o governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China e que Taiwan é uma parte inalienável do território chinês.
O governo de Burkina Fasso promete que não desenvolverá relações oficiais nem intercâmbios oficiais com Taiwan, indica o comunicado.
A nação africana anunciou na quinta-feira sua decisão de cortar relações "diplomáticas" com Taiwan.
Em uma coletiva de imprensa depois da reunião de sábado, Wang Yi disse que a China aprecia altamente o governo de Burkina Fasso por tomar uma decisão política correta.
De acordo com Wang, as duas partes concordaram em reforçar a confiança política mútua e impulsionar os intercâmbios amistosos e a cooperação prática em todos os terrenos para gerar benefícios substanciais para os povos dos dois países.
O presidente chinês, Xi Jinping, espera que o presidente de Burkina Fasso, Roch Marc Christian Kabore, participe da cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação China-África em setembro e o presidente Kabore expressou sua expectativa para a cúpula, destacou Wang.
O ministro chinês disse que a retomada dos laços China-Burkina Fasso significa um passo para o objetivo de que todas as nações africanas se incorporem à grande família de cooperação amistosa entre com a China.
Tanto a China como a África desejam uma realização imediata deste objetivo, disse Wang.
"Só um país africano ainda não estabeleceu relações diplomáticas com a China e esperamos sinceramente que este país possa incorporar-se logo à família de amizade China-África", disse Wang.