O governo chinês otimizou o processo de candidatura à obtenção da licença de residência permanente no país para estrangeiros, acelerando a aprovação de candidatos qualificados.
A Administração Estatal de Imigração (SIA, em inglês) aprovou 1,881 candidaturas em dois meses, o equivalente ao número total de aprovações em 2017, segundo o portal chinanews.com, na quarta-feira.
Um total de 51 estrangeiros, incluindo cientistas, empreendedores, e gestores receberam cartões de identificação para residência permanente em Hangzhou, na província de Zhejiang, na terça-feira.
Estabelecido a 2 de abril, a SIA é a nova instituição cujo propósito específico é a avaliação de candidaturas de residência de estrangeiros e a simplificação dos processos burocráticos que estes enfrentam na China, segundo Liang Haiming, diretor e economista-chefe do China Silk Road iValley Research Institute, em declarações ao jornal Global Times na quarta-feira.
Uma residente russa em Hangzhou, na China há 12 anos, recebeu uma licença de residência permanente, enquanto trabalhadora qualificada, na terça-feira, de acordo com o portal chinanews.com.
“Posso usar o meu nome chinês para viver mais convenientemente na China e desfrutar da minha pensão de aposentadoria”, afirmou.
A SIA simplificou os procedimentos para reduzir significativamente o período de aprovação, disse Liang, acrescentando que havia também reduzido as restrições para talentos com títulos acadêmicos distintos, como vencedores do Nobel, a trabalhar na China.
No entanto, um cidadão espanhol anônimo a trabalhar em Beijing, confidenciou ao Global Times que a candidatura a tais certificados continua sendo complexa.
“Casado com uma mulher chinesa há 14 anos, o meu amigo trabalha para um dos órgãos de imprensa estatal há anos em Beijing, mas não conseguiu ainda corresponder aos requisitos para conseguir o green card”, disse.
Liang sugeriu que as autoridades facilitassem o processo, por forma a que os estrangeiros casados com chineses possam criar raízes na China – trabalhando e vivendo por vários anos – e se possam sentir realmente “em casa”.