Por Andreia Carvalho
Laibin, uma cidade situada na Região Autônoma Zhuang de Guangxi, é abundante em recursos naturais, desde cana-de-açúcar e frutas, a recursos minerais.
Vários programas, parte da reforma nacional, estão sendo implementados na cidade, incluindo projetos de urbanização, sistemas energéticos e a indústria de serviços ambientais, entre outros.
O estabelecimento de Parques Industriais Agrícolas é uma medida que visa ajudar a cidade a cumprir com o objetivo da erradicação da pobreza até 2020, bem como contribuir para o desenvolvimento local.
Shi Jianfeng, vice-gerente do Parque Industrial Moderno de Mandarinas Haisheng.
Com uma área total de 3.000 mu, o Parque Industrial Moderno de Mandarinas Haisheng inclui uma produção de citrinos de alta qualidade e sem produtos tóxicos, pomares experimentais, triagens e linhas de embalamento, segundo informou Shi Jianfeng, vice-gerente do parque.
Neste parque são realizadas várias experiências, que abrangem desde a produção a métodos de melhoramento do cultivo. Nos 100 mu destinados a testes e experiências, nasceram já 20 diferentes tipos de citrinos, entre eles as mandarinas “Orri” e “Tango”.
O parque distingue-se dos demais em 5 características, explicou uma das funcionárias, sendo elas: a plantação em socalcos de encostas; a produção padronizada; a tecnologia de ponta aplicada à agricultura; os equipamentos automáticos; e a administração inteligente (sistema de recolha, armazenamento e análise de dados).
Plantação de mandarinas, do Parque Industrial Moderno de Mandarinas Haisheng.
Como o nome do parque indica, modernidade é um fator que tem influenciado o desenvolvimento da empresa, que conta com um mecanismo de irrigação por gotejamento israelita, que permite irrigar 2500 mu de pomar em apenas 2 dias, sendo gerido por um sistema de recolha, armazenamento e análise de dados. O mecanismo permite economizar água e fertilizar as árvores com precisão, reduzindo os custos, o tempo e o esforço, garantindo um maior rendimento e qualidade.
A localização da plantação de cada árvore é também milimetricamente definida por um sistema GPS. Os corredores largos que separam as fileiras de árvores foram estudados para permitir a circulação das máquinas necessárias, explicou Shi.
Recentemente o Parque Haisheng estabeleceu também um protocolo com o Grupo Alibaba, que visa a utilização de drones para vigiar e captar imagens e dados dos pomares, que, depois de analisados pelo sistema, permitem prever os números da colheita da época, adiantou Shi.
Trabalhadores locais, no Parque Industrial Moderno de Mandarina Haisheng.
“Atualmente contamos com 80 a 100 pessoas a trabalhar nos campos. No entanto, visto que período de colheita deve ser o mais breve possível, estimado em cerca de 3 dias, devido às condições climatéricas de Guangxi, é necessário contratar mais trabalhadores. Uma pessoa é capaz de colher 800 a 1000kg de mandarinas por dia. Utilizando o nosso sistema de previsão, temos mais ou menos uma ideia de quantas pessoas precisaremos de contratar para ajudar na colheita”, afirmou Shi, acrescentando que, para além da empregabilidade que o parque confere, os habitantes locais podem também alugar terrenos, dos quais retiram lucros.
Toda a fruta colhida é comercializada na China. No entanto, 90% do sumo produzido pela empresa é exportado para o exterior, para várias empresas de renome como a Pepsi, Coca-cola, P&D, entre outras.
Com a ajuda dos canais de distribuição do Grupo Haisheng em Beijing, Shanghai, Guangzhou, Shenzhen e outras cidades do país, o subprojecto da linha de triagem e embalagem cresceu de forma eficaz, vincando gradualmente as vantagens destas áreas de produção e acelerando a economia agrícola de Laibin.
“Em 2016, quando estabelecemos este pomar, foram investidos 40 milhões de yuans. Estimamos que no próximo ano, ao fim de 3 anos de trabalho, esse investimento seja recuperado”, afirmou Shi.
Também situado em Laibin, o Parque de Demonstração de Características Agrícolas Modernas Honghehong de Guangxi, é um exemplo de congregação dos três setores industriais.
Estabelecido em junho de 2015, com um período de construção de 5 anos (até 2020), e um investimento total planejado de cerca de 800 milhões de yuans, o parque está a ser desenvolvido pelo governo do distrito de Xingbin, da cidade de Laibin, e pela fazenda estatal Honghe River de Guangxi.
Maioritariamente constituídos por campos de cultivo, os 7133 mu de área incluem ainda o setor de produção, bem como um hotel, destinado aos turistas que visitam o parque, classificado como atração turística nacional de classe AAA.
O parque visa construir uma moderna e distinta área de demonstração agrícola integrando agricultura ecológica moderna, educação científica, turismo de lazer, processamento, comercialização e serviços de comércio eletrônico como um todo.
Plantação de pitaya, no Parque de Demonstração de Características Agrícolas Modernas Honghehong de Guangxi.
Neste vasto espaço, os habitantes locais podem cultivar os seus próprios produtos. Nos vários terrenos e estufas, onde são plantadas pitayas, uvas, mandarinas, cana-de-açúcar, entre outros produtos agrícolas, os trabalhadores locais vêm o seu suor transformado em rendimento, tendo a renda líquida anual per capita dos agricultores subido para 16.000 yuans, segundo um dos responsáveis do parque.
Trabalhadores locais no Parque de Demonstração de Características Agrícolas Modernas Honghehong de Guangxi.