A Administração Estatal de Medicamentos lançou uma investigação à Changchun Changsheng Bio-tech Co, a qual foi responsável por forjar os registros de produção de vacinas de uso humano contra a raiva.
Os casos dos suspeitos de violarem as leis, serão transferidos para o departamento de segurança pública, segundo as autoridades informaram no domingo.
O primeiro-ministro Li Keqiang, através de um comunicado no Conselho de Estado no domingo, disse que o caso das vacinas era inaceitável, e que a nação merece uma explicação clara do sucedido.
“O Conselho de Estado deve enviar imediatamente um grupo para determinar a verdade logo que possível. Qualquer erro será severamente punido independentemente de quem esteja envolvido”, disse Li.
Xu Jinghe, vice-diretor da administração de medicamentos, disse que a empresa havia forjado a produção de vacinas e os registros de inspeção.
Em uma notificação de 15 de julho, a administração ordenou à empresa que cessasse a produção da vacina para a raiva. O relatório indicava que nenhum produto envolvido na inspeção estava sendo vendido e que todas as vacinas envolvidas haviam sido removidas.
A administração revogou também o certificado da empresa, o qual é necessário para a produção e venda de vacinas.
A administração confirmou que as outras vacinas da empresa agora disponíveis no mercado foram testadas e que nenhum problema na sua qualidade foi detetado. Entretanto, foram também realizados mais testes nas amostras de vacinas detidas pela empresa.
A polêmica teve início após uma comoção pública no fim-de-semana, depois que foi revelado que a Changsheng Bio-tech estaria ligada a vacinas defeituosas contra o tétano para crianças.
A empresa foi multada em 2.58 milhões de yuans ($282.000), e 859.000 yuans em vacinas confiscadas.
Vários órgãos da imprensa nacional apelaram a uma punição severa e a uma supervisão mais rigorosa das vacinas. O Diário do Povo emitiu um comentário no domingo, o qual indica que as empresas de fármacos devem seguir os princípios morais e fazerem da vida a sua prioridade, ao invés dos lucros.