Beijing, 3 ago (Xinhua) -- O investimento direto estrangeiro (IDE) da parte continental da China otimizou em qualidade e crescimento quantitativo, graças ao melhor ambiente comercial chinês, declararam funcionários e especialistas.
O IDE para a parte continental da China aumentou 1,1% em termos anuais nos primeiros seis meses de 2018 para 446,29 bilhões de yuans, segundo o Ministério do Comércio (MC). Denominado em dólar, a entrada do IDE cresceu 4,1% para US$ 68,32 bilhões, mostraram os dados divulgados pela pasta.
Enquanto isso, o número das novas companhias com financiamento exterior estabelecidas na parte continental da China teve um salto de 96,6% em relação a um ano atrás para 29.591.
"O rápido crescimento das novas companhias com financiamento exterior foi possível principalmente devido ao progresso contínuo do ambiente comercial da China", disse o porta-voz do MC, Gao Feng.
A confiança dos investidores estrangeiros está aumento constantemente, visto que a vitalidade do mercado chinês está sendo estimulada mais pela deburocratização dos processos de criação de companhias e maior facilitação para investimento, disse Gao.
No primeiro semestre do ano, o IDE para a indústria manufatureira de alta tecnologia aumentou 25,3% em termos anuais, liderado pelo crescimento de investimentos nos segmentos de utensílios médicos, equipamentos de comunicação, de computação e de escritório.
Huo Jianguo, vice-presidente da Sociedade Chinesa para Estudos da Organização Mundial do Comércio, atribuiu o entusiasmo dos investidores estrangeiros ao grande potencial do mercado chinês e alívio das restrições.
A promessa da China para um promissor ambiente comercial está tornando-se realidade, com a implementação acelerada das medidas da abertura.
O país revisou suas listas negativas para o investimento estrangeiro, ampliando ainda mais o acesso ao mercado em áreas como finanças, transporte, energia, recursos, agricultura e cultura.
A lista negativa nacional foi reduzida para 48 itens ante os 63 da versão anterior, enquanto a lista para as zonas-piloto de livre comércio diminuiu, de 95 para 45 itens. Ambas as listas entraram em vigor no fim de julho.
"Estas listas abrangiram os setores que muitos investidores estrangeiros tinham interesses há muito tempo", disse Gao, citando como exemplos as menores restrições para a participação estrangeira nas áreas automobilísticas e financeiras.
"Acreditamos que a implementação das novas listas negativas aumentará ainda mais o entusiasmo dos investidores estrangeiros na China", indicou Gao.
Os governos locais estão competindo entre si para obter o investimento estrangeiro.
Em junho, Beijing divulgou um plano para aprimorar o ambiente comercial dando tratamento igualitário para todas as empresas e abolindo as regras que impedem o jogo limpo.
Em Shanghai, um total de 100 novas medidas foram introduzidas no mês passado para expandir a abertura da cidade em diversas áreas, incluindo setores de bancários e de valores mobiliários.
Em outras regiões, as autoridades locais otimizaram os procedimentos para a aprovação administrativa.
"Continuaremos a nos empenhar para um melhor ambiente comercial e proteger os direitos e interesses das empresas estrangeiras na China", assinalou Gao.
"Esperamos que mais empresas estrangeiras de excelência sejam atraídas para a China e aproveitem as oportunidades aqui para alcançar o desenvolvimento comum, e que a China possiga como a principal escolha dos investidores estrangeiros", manifestou.
Segundo o Relatório 2018 da Pesquisa de Clima Comercial da China, divulgado pela Câmara de Comércio Americana na China (AmCham China), 74% de seus membros planejam expandir os investimentos na China, o maior percentual em anos.
A Câmara de Comércio da União Europeia também informou que mais da metade de seus membros ampliariam as operações comerciais no país oriental.