Residentes de Taiwan, Hong Kong e Macau não irão mais precisar de vistos de trabalho quando forem contratados por empresas da parte continental da China, o que significa que serão alvo do mesmo tratamento que os locais.

Este é um dos 11 itens aprovados a semana passada pelo Conselho de Estado. Anteriormente, as empresas da parte continental da China tinham de se candidatar juntamente das autoridades locais para obter uma aprovação de recrutamento de colaboradores provenientes dos 3 locais visados.

Os vistos de trabalho para residentes de Taiwan e das regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau eram um requisito prevalente há mais de 2 décadas.

Para obter o documento, os residentes das três regiões tinham de submeter vários documentos, incluindo a licença de operação do empregador, um certificado de saúde do requerente e um documento de viagem válido. O visto teria de ser revalidado a cada dois anos, e uma mudança de empregadores implicava uma recandidatura ao visto.

Agora que o requerimento foi descartado, o Ministério dos Recursos Humanos e da Segurança Social foi instruído para reforçar a formulação de regras, serviços, segurança social e proteção de direitos laborais para estes colaboradores.

Lo Wenyueh, uma editora de 34 anos de uma editora de Beijing, refere que a nova política irá facilitar a sua vida. Lo, proveniente de Taiwan, fora contratada em setembro de 2016 e não recebera um visto de trabalho até à segunda metade do ano passado. Sem o visto, não lhe eram atribuídos alguns dos benefícios dos colegas, incluindo seguro médico, referiu.

“Depende da empresa no que concerne à duração do visto”, afirmou Lo.

“Agora eu não preciso de me candidatar a um novo visto no próximo ano. É muito mais simples”.

Wang Huiyao, president do Centro de Globalização da China, disse que a medida foi tomada de modo a partilhar os benefícios do desenvolvimento da parte continental com as populações de Taiwan, Hong Kong e Macau. Um grande número de quadros talentosos deverão ser atraídos para empresas na parte continental da China para ajudar a expandir negócios para o exterior do país, disse.