O volume das trocas comerciais China-África aumentou 14% para 170$ bilhões no ano passado, tornando o país no maior parceiro de negócios de África pelo nono ano consecutivo, disse Qian Keming, vice-ministro do comércio, durante um briefing de 28 de agosto sobre o Fórum para a Cooperação China-África, prestes a ter início.
O volume comercial entre a China e África aumentou em 16% para 98.8$ bilhões na primeira metade do ano, de acordo com o vice-ministro, acrescentando que a média do investimento direto da China em África permaneceu nos 3 bilhões de dólares anuais durante os últimos 3 anos. Grandes projetos de investimento testemunharam o desenvolvimento proactivo com novos marcos na cooperação manufatureira, de finanças, turismo, e da indústria de aviação, constatou.
“Os 10 maiores programas” entre a China e África foram propostos no Fórum para a Cooperação China-África em Joanesburgo, em dezembro de 2015, com a China a lançar e promover os programas logo após o fórum. Os 10 maiores programas estão agora em andamento, com alguns a exceder as expectativas, disse Qian.
Depois dos programas serem completados, a África terá 30,000km de novas estradas e 85 milhões de capacidade portuária por ano, bem como a capacidade de criar mais de 9 milhões de toneladas de água limpa anualmente. Os programas serão também responsáveis pela criação de 900,000 empregos locais para os países africanos, afiançou o vice-ministro.
Além de treinar mais de 40,000 oficiais africanos e técnicos na China, o país estabeleceu também duas dezenas de centros de educação vocacional regionais e institutos em África, além de formar mais de 200,000 profissionais técnicos para os países africanos.
Centenas de programas, desde agricultura, redução da pobreza, saúde pública, comércio e facilitação do investimento foram também lançados na África. Sensivelmente 1,500 membros de equipes médicas da China diagnosticaram e trataram 460,000 pacientes em países africanos, prosseguiu o vice-ministro.
A China irá assistir no desenvolvimento da capacidade endógena de crescimento africano, em consideração às conexões com a iniciativa do Cinturão e Rota, a Agenda da União Africana 2063, a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2039 da ONU, e respetivas estratégias de desenvolvimento dos países africanos, afirmou Qian. Os países africanos irão extensivamente participar no planejamento do futuro da cooperação comercial China-África durante o fórum que irá acontecer em Beijing nos dias 3 e 4 de setembro.
A ajuda chinesa a África irá também afastar-se do modelo anterior de “transfusão sanguínea” para um modelo de “produção sanguínea”, disse Qian. No passado, a China ajudou a África em múltiplos aspetos, incluindo o bem-estar das pessoas, e irá continuar cultivando a capacidade de crescimento africana, a qual determinará o futuro desenvolvimento do continente, disse o vice-ministro, acrescentando que o núcleo infraestrutural e de formação de talento são todas importantes medidas para este fim.
Além de garantir assistência em questões como a construção infraestrutural em África, a China irá auxiliar o continente africano em questões de partilha de experiências de desenvolvimento, promoção do investimento, criação de políticas e experiências de gestão na construção de zonas comerciais e econômicas, disse Qian.
De acordo com o vice-ministro, mais de 30 chefes de estado e governo irão participar no Diálogo de Alto Nível dos Líderes e Representantes de Negócios China-África e no 6º Fórum de Negócios China-África durante a cúpula de Beijing, com mais de 700 empreendedores africanos tendo já se inscrito da conferência.