Beijing, 19 out (Xinhua) -- O crescimento da receita fiscal da China desacelerou por dois meses consecutivos em meio aos esforços do governo chinês para reduzir impostos e tarifas, mostraram os dados oficiais divulgados na quinta-feira.

Segundo o Ministério das Finanças, a receita fiscal do país aumentou 2% em termos anuais para 1,3 trilhão de yuans (cerca de US$ 187,4 bilhões) em setembro, desacelerando ante os 4% em agosto.

A receita fiscal do governo central somou 591,9 bilhões de yuans no mês passado, uma alta anual de 0,9%, enquanto a dos governos locais cresceu 2,9% para 704,4 bilhões de yuans.

Nos primeiros nove meses do ano, a receita fiscal subiu 8,7% ano a ano para 14,6 trilhões de yuans, mostraram os dados.

"O crescimento de 2% é o mais lento desde o início de 2018", disse Yuan Haiyao, funcionário do ministério, acrescentando que a redução de impostos e tarifs não só diminui o custo das empresas como também contribui para o mercado de trabalho, para a transformação e modernização econômica e para o consumo interno.

A pasta está trabalhando em mais medidas de redução de impostos e tarifas para baixar ainda mais o encargo financeiro das empresas e impulsionar o mercado, informou Yuan.

Com a combinação da política fiscal proativa e da política monetária prudente, espera-se que os principais objetivos econômicos sejam alcançados sem percalços, disse Du Qiang, alto funcionário do ministério.

Du estimou que a China pode atingir suas metas de receita fiscal criadas no início deste ano, com o crescimento da receita fiscal desacelerando nos próximos meses.

Os dados da quinta-feira também mostraram que os gastos fiscais da China expandiram 11,7% anualmente para 2,26 trilhões de yuans em setembro.

Entre janeiro e setembro, os gastos fiscais subiram 7,5% para 16,3 trilhões de yuans, respondendo por 77,8% do orçamento planejado para o ano.