Por Wang Lu e Luiz Tasso Neto
Shanghai, 8 nov (Xinhua) -- Um fórum sobre a plataforma de serviços de Macau para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa foi realizado nesta terça-feira durante a primeira Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, em inglês).
No evento, três protocolos foram assinados, com o objetivo de promover a cooperação sino-portuguesa e impulsionar a diversificação de indústrias, como as de inovação, finanças, ciência e tecnologia e comércio internacional.
Macau tem desempenhado um papel ativo no sentido de ajudar as empresas do continente chinês a conhecerem, compreenderem e fazerem negócios com os países de língua portuguesa. A avaliação é da secretária-geral do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), Xu Yingzhen.
Ela espera que todos façam pleno uso dessa plataforma única de serviços de negócios de Macau ao cooperar e se comunicar com as empresas dos países lusófonos.
Sam Lei, vogal executivo do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) disse que a delegação da entidade para a CIIE é composta por cerca de 90 empresários, incluindo representantes de Macau e dos países lusófonos de diferentes áreas, como finanças, comércio, tecnologia, turismo, manufatura e serviços.
Ele destacou que 39 empresas de Macau estão participando da exposição, do comércio de bens ao de serviços, a fim de exibir os produtos fabricados na região e os produtos especializados dos países lusófonos, bem como serviços profissionais no mercado de língua portuguesa.
Segundo estatísticas da alfândega chinesa, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa de janeiro a julho de 2018 foram de US$ 82,15 bilhões, um aumento anual de 21,5%.
As importações da China dos países lusófonos foram de US$ 57,533 bilhões, uma expansão anual de 20,38%, enquanto as exportações somaram US$ 24,617 bilhões, uma alta de 24,19%.
"Queremos expandir a cooperação comercial sino-portuguesa através da exposição de importação", destacou Lei.
João Torres, diretor da Ásia do Super Bock Group, uma empresa portuguesa que está participando da feira dentro do espaço de Macau, disse que a região tem vantagens não só nas características legais e financeiras, como também nos talentos que compreendem o português.
"Todos os nossos negócios são feitos através de Macau. A equipe que faz a gestão de importação e exportação da empresa é a dos funcionários locais", disse Torres.
Quando as empresas vêm para o mercado chinês, não podem esperar que as regras que existem em Portugal sejam as mesmas no país asiático, apontou ele. "Então a equipe que está em Macau consegue ajudar a perceber a realidade da China e a fazer uma organização adequada à realidade da China".
Paulo Swerts, presidente-executivo da Ronaldo Football (China) Co., Ltd., também expressou o interesse de promover e montar uma academia em Macau.
Os projetos da empresa já estão presentes na China em seis cidades, revelou Swerts. "Nosso objetivo participando da CIIE é expor o nosso projeto e serviços para o maior número de pessoas possível. A nossa ideia é buscar novos parceiros para nosso projeto aqui na China".
A primeira Exposição Internacional de Importação da China foi aberta na segunda-feira e vai até sábado.