Beijing, 9 nov (Xinhua) -- O chefe do órgão regulador de bancos e seguros da China prometeu intensificar o apoio de crédito ao setor privado, estabelecendo uma meta de não inferior a 50% de novos empréstimos corporativos indos às empresas privadas nos próximos três anos.
O setor privado contribui com mais de 60% da economia, mas recebe apenas 25% dos empréstimos, disse Guo Shuqing, presidente da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros (CRBS) da China, em uma entrevista com a Xinhua, enfatizando que as duas proporções não "batem" e que devem-se fazer esforços para mudar a situação.
Os grandes bancos devem fazer que pelo menos um terço de seus empréstimos seja destinado às empresas privadas nos próximos três anos, enquanto que para os bancos pequenos e médios o nível seria dois terços, disse Guo.
"É crucial impulsionar as instituições darem mais empréstimos as empresas privadas", acrescentou.
O chefe da CRBS requer que as instituições de crédito atribuam mais recursos ao setor privado, criem políticas de crédito especiais e revisem os sistemas de avaliação para empregados. Outras medidas que serão tomadas pelos bancos incluirão a redução de cadeias de financiamento e a diminuição de custos de financiamento para mutuários privados.
"Tanto as empresas estatais como as privadas devem ser tratadas de forma igual e justa... e nunca pode ter nenhuma discriminação em relação a sua propriedade", disse Guo.
Guo fez as declarações como parte dos mais recentes esforços do governo para ajudar o setor privado. As autoridades financeiras do país já tomaram uma série de medidas incluindo mais empréstimos bancários e facilitação da emissão de bônus para resolver as dificuldades de financiamento das empresas privadas e expandir seus canais de arrecadação de fundos.
As medidas tiveram efeito e se canalizaram mais recursos a baixos custos às privadas que requerem dinheiro.
No fim dos primeiros três trimestres do ano, a taxa de juro média de empréstimos dos 18 principais bancos comerciais para as micro e pequenas empresas foi de 6,23%, quer dizer 0,7 ponto percentual inferior que no primeiro trimestre deste ano.
Guo disse que a CRBS também analisou medidas para resolver os riscos de liquidez nas empresas privadas, incluindo a emissão de mais recursos arrecadados através dos produtos de gestão de riqueza dos bancos e estender o crédito para empresas que enfrentam liquidação forçada devido à queda dos preços das ações.
O recursos de seguros também terão um maior papel no investimento estável e de longo prazo, indicou Guo.